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Montepio garante que injeção de capital "não aumenta exposição da Mutualista"

A Associação Mutualista injetou 50 milhões de euros no Montepio, através da subscrição de um empréstimo obrigacionista subordinado. Ainda assim, o banco garante que esta operação "não aumenta a exposição" da Mutualista à instituição financeira.

Miguel Baltazar/Negócios
17 de Janeiro de 2019 às 15:57
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A Associação Mutualista injetou 50 milhões de euros no Montepio, depois de ter decidido não avançar com uma emissão obrigacionista de até 250 milhões para reforçar os rácios de capital, avançou o Eco. Ao Negócios, fonte oficial do banco garante que esta operação não aumentou a exposição da entidade liderada por Tomás Correia à instituição financeira. E que os rácios de capital nunca estiveram em risco de incumprimento. 

O plano elaborado pelo conselho de administração anterior a Carlos Tavares previa a emissão de obrigações subordinadas a dez anos no montante mínimo de 150 milhões de euros, um valor que podia chegar aos 250 milhões de euros, dependendo da procura. 

A administração "entendeu não ser estritamente necessário" avançar com esta operação, afirma o gabinete de comunicação do banco ao Negócios. Isto depois de o Montepio ter realizado um "road show" durante o qual contactaram potenciais investidores internacionais. "Mas dadas as condições de mercado do final do ano passado, optou-se por não levar a cabo qualquer operação", justifica. 

A Associação Mutualista avançou, então, com uma injeção de 50 milhões de euros através de uma outra emissão de obrigações. Mas o banco garante que não aumentou a exposição da associação liderada por Tomás Correia ao Montepio. Isto numa altura em que ambas as entidades estão a dar passos no sentido de melhor distinguir as marcas. 

"Esta operação não implicou aumento de exposição da Associação Mutualista à Caixa Económica Montepio Geral dados os vencimentos de outra dívida do banco, detida pela Associação Mutualista", afirma fonte oficial do banco.

Rácios de capital reforçados

Pode não ter aumentado a exposição, mas permitiu reforçar os rácios de capital do Montepio através do "private placement" junto do acionista, de 50 milhões de euros. 

Ainda assim, o banco salienta que o "cumprimento dos rácios de capital" nunca esteve "em causa". Os rácios de capital CET1 e capital total fixaram-se em 13,4% e 13,5%, respetivamente, de acordo com os resultados do Montepio para os primeiros nove meses do ano passado, acima dos mínimos regulamentares. 

O lucro da Caixa Económica Montepio Geral foi de 22,4 milhões de euros até setembro, quando tinha sido de 20,4 milhões um ano antes. O resultado líquido do banco, presente em 324 agências em Portugal, melhorou pese embora o produto bancário da instituição tenha caído 23% nos primeiros nove meses do ano, para 393,8 milhões de euros.

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