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Montante de créditos em moratória cai para 41,9 mil milhões de euros em março

Em março, os empréstimos a particulares em moratória reduziram-se em 2,7 mil milhões de euros, revelam os dados do Banco de Portugal.

João Cortesão
Rita Atalaia ritaatalaia@negocios.pt 30 de Abril de 2021 às 11:13
O montante de créditos em moratória "encolheu" para 41,9 mil milhões de euros no mês de março. Os dados foram divulgados esta sexta-feira, 30 de abril, pelo Banco de Portugal. 

"Os dados hoje publicados indicam que, no final de março de 2021, o montante global de empréstimos abrangidos por moratórias era de 41,9 mil milhões de euros, menos 3,7 mil milhões do que em fevereiro", refere a entidade liderada por Mário Centeno.

Esta variação, refere, "resulta, principalmente, do decréscimo dos empréstimos concedidos a particulares que diminuíram 2,7 mil milhões de euros. Destes últimos, destacaram-se os empréstimos com a finalidade habitação, cujo término da moratória privada com efeitos em março e abril justifica a quase totalidade desta redução".

A moratória para o crédito hipotecário da Associação Portuguesa de Bancos (APB) terminou no final de março. Já a do consumo só expira em junho. Por outro lado, a moratória legal termina, na sua maioria, no final de setembro.
O Banco de Portugal passou a divulgar no último dia de cada mês os dados atualizados para os créditos em moratória. Em fevereiro, o regulador indicou que a banca tinha 45,6 mil milhões de empréstimos neste regime, abaixo do pico atingido em setembro do ano passado, de 48,1 mil milhões de euros. 

O Parlamento aprovou recentemente, na generalidade, uma proposta do PCP para prolongar as moratórias por mais seis meses. No entanto, o setor alerta que, a avançar-se com uma extensão, terá de ser dentro do enquadramento europeu.

Fernando Faria de Oliveira, presidente da APB, disse na comissão de Orçamento e Finanças que "uma prorrogação das moratórias apenas num quadro de flexibilização das autoridades europeias". Já Vinay Pranjivan, economista da Deco, afirmou que, "se o contexto o permitir, e estamos a falar do contexto nacional e europeu, seria muito importante prolongar as moratórias por um tempo determinado". 

(Notícia atualizada com mais informação.)

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