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Lucros trimestrais do Crédito Agrícola mais do que duplicam para 95,8 milhões

O banco apresentou um resultado líquido de 95,8 milhões de euros nos primeiros três meses do ano, beneficiando de uma forte subida da margem financeira.

O Crédito Agrícola aprovou mais de 2 mil milhões em moratórias.
Manuel de Almeida
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O Crédito Agrícola registou lucros de 95,8 milhões de euros no primeiro trimestre do ano, "o que corresponde a uma rentabilidade de capitais próprios de 18,4% e para a qual contribuíram os desempenhos positivos das principais componentes do grupo (banca, seguros vida e não vida e gestão de ativos)", pode ler-se no comunicado, publicado esta sexta-feira.

Este valor compara com os 35,7 milhões de euros registados no mesmo período do ano passado, resultando num aumento homólogo de 168,4%.

A variação positiva é também influenciada, explica o banco, por resultados, não recorrentes, relacionados com ganhos líquidos com operações financeiras no valor de 6,5 milhões de euros.

O produto bancário ascendeu a 214,5 milhões de euros, correspondendo a uma subida homóloga de 59,5%.

Esta evolução foi influenciada por um aumento da margem financeira, que mais que duplicou para 153,4 milhões nos primeiros três meses do ano, representando uma subida de 103,6%, "beneficiando do impacto favorável do aumento das taxas de juro no rendimento da carteira de crédito e da carteira de títulos", explica o Crédito Agrícola.

Ainda a influenciar a subida da margem financeira esteve o aumento das comissões (líquidas) em 16,7% para 38,8 milhões de euros, "com origem nas comissões interbancárias, de crédito e de gestão de contas", indica a instituição.

À semelhança do que tinha acontecido com os resultados de 2022, no primeiro trimestre os custos de estrutura voltaram a aumentar, atingindo os 101,6 milhões de euros, uma subida de 11,9%, que se justifica "principalmente pelos custos com pessoal", devido "ao impacto das actualizações da tabela salarial efetuadas em junho de 2022 e em fevereiro de 2023", justifica o banco.

"As imparidades e provisões do exercício apresentam um reforço de 2,8 milhões de euros no primeiro trimestre de 2023 (5,4 milhões de euros face ao primeiro trimestre de 2022, quando se tinha verificado uma reversão no montante de 2,6 milhões de euros)", aponta o Crédito Agrícola.

Carteira de crédito e depósitos diminui

À semelhança da restante banca, que tem registado grandes saídas dos depósitos, o Crédito Agrícola não foi exceção. De janeiro a março, o banco liderado por Licínio Pina tinha cerca de 19,7 mil milhões de euros em depósitos, registando-se uma redução de 666 milhões de euros, ou 3,3%, face ao final do ano passado.

Em sentido contrário, os recursos de clientes em seguros de capitalização e fundos de investimento comercializados pelo grupo aumentaram 0,4% para 2.025 milhões de euros.

Já a carteira de crédito (bruto) a clientes registou uma redução de 0,7% ou 82,6 milhões de euros, face a dezembro de 2022, cifrando-se em 11,9 mil milhões de euros.

O rácio de capital Common Equity Tier 1 (CET1), que mede a solidez financeira, foi de 20,4%, aumentando em 0,5 pontos base face aos 19,9% registados no final do primeiro trimestre do ano passado.
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