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Lucros dos bancos de Wall Street disparam com corte de impostos de Trump

A Bloomberg estima que os lucros dos seis maiores bancos norte-americanos aumentem uma média de 14% em resultado da promessa de Donald Trump cortar entre 15% e 35% os impostos sobre as empresas.

Reuters
16 de Fevereiro de 2017 às 11:25
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Uma análise da agência Bloomberg antecipa que os lucros dos seis maiores bancos dos Estados Unidos aumentem uma média de 14% em 2017 na sequência do corte da carga fiscal sobre as empresas prometido pelo presidente norte-americano, Donald Trump, que pretende reduzir entre 15% e 35% os impostos aplicados ao tecido empresarial.

 

A Bloomberg recorda que a banca deverá beneficiar mais do que os restantes sectores, que por norma são obrigados a realizar menores deduções. Enquanto a taxa federal aplicada aos maiores bancos se fixou num valor médio de 28% nos três anos findos em 2015, a Bloomberg refere que a carga fiscal paga pelas restantes grandes companhias americanas foi de apenas 14%.

 

Segundo as contas feitas por esta agência noticiosa, os seis maiores bancos americanos deverão "poupar" uma média anual de 12 mil milhões de dólares com os cortes de impostos prometidos pelo presidente dos EUA.

 

O Wells Fargo será o banco a beneficiar mais do corte de impostos podendo ver os lucros crescer em 16%, também porque esta instituição depende quase totalmente do mercado americano, onde paga uma taxa de impostos de 35%.

 

Segue-se o JP Morgan que pode registar um aumento dos lucros de 14% e poupar cerca de 3 mil milhões de dólares no pagamento de impostos.

Já os lucros do Citigroup podem aumentar em 11%, embora se perspectivem menores poupanças fiscais deste banco dado que a maior parte dos seus lucros são provenientes de operações detidas foras dos EUA.

O Goldman Sachs e o Morgan Stanley deverão registar aumentos dos lucros próximos daquele que se perspectiva para o Wells Fargo e o JP Morgan. Pelo seu lado, o Bank of America não deverá beneficiar tanto uma vez que actualmente já paga uma taxa fiscal efectiva menor que os seus concorrentes.

 

A perspectiva de menor carga fiscal e a promessa de Trump de avançar com medidas de desregulação do sector financeiro têm contribuído para que a banca americana registe importantes ganhos desde a vitória do actual presidente americano nas eleições de 8 de Novembro do ano passado.

 

Desde então o Bank of America valorizou 44,81% em bolsa, o Morgan Stanley 36,38%, o Goldman Sachs 30,18%, o JP Morgan 28,81%, o Wells Fargo 28,78% e o Citigroup 21,68%.

 

Mas se a desregulação do sector financeiro pode ser bloqueada pela oposição (Partido Democrata) – o ex-presidente Barack Obama promoveu um reforço da regulação em Wall Street na sequência da falência do Lehman Brothers – a redução da carga fiscal pode ser feita no âmbito do orçamento federal dos EUA, uma vez que para a aprovação do mesmo basta uma maioria simples. 

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