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Lucros do Lloyds sobem 23% mas ficam abaixo do esperado

O banco liderado por Horta Osório conseguiu um aumento de 23% nos lucros antes de impostos, apesar das imparidades terem duplicado e se notar um agravamento nos custos operacionais.

Bloomberg
25 de Abril de 2018 às 10:44
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Os lucros antes de impostos do Lloyds Bank atingiram os 1,6 mil milhões de libras (1,8 mil milhões de euros), 23% acima dos 1,3 mil milhões de libras referentes ao período homólogo e mais do dobro do alcançado nos últimos três meses de 2017, quando o Lloyds se ficou pelos 780 milhões de libras. Os resultados do banco ficaram ainda assim aquém das estimativas dos analistas consultados pela Reuters, que esperavam 1,82 mil milhões de libras em lucros (cerca de 2 mil milhões de euros).

"É um começo sólido que não muda os objectivos finais para o ano de 2018", declara o Lloyds nem comunicado. Depois de descontados os impostos, a subida é ligeiramente superior: 29%, dos 890 milhões para os 1,1 mil milhões de libras (1,3 mil milhões de euros).

A taxa da margem financeira do banco - a diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos - cresceu 0,13 pontos percentuais para os 2,93%, ditando uma margem financeira de 3,1 mil milhões de libras (3,5 mil milhões de euros), superiores aos 243 milhões do período homólogo. Os aumentos nesta rubrica são justificados pelo contributo da subsidiária de cartões de crédito com que o Lloyds conta desde Março de 2017, a MBNA, e pela redução de custos com os depósitos e outros financiamento, "mais do que cobrindo a pressão no preço dos activos", defende o banco.

Por outro lado, a subsidiária MBNA pesou nos custos operacionais, com uma subida de 2% nestes encargos para os 2 mil milhões de libras (2,3 mil milhões de euros). Já as imparidades suportadas pelo banco de Horta Osório mais que duplicaram comparativamente ao primeiro trimestre de 2017, aumentando dos 127 milhões de libras para os 258 milhões de libras (295 milhões de euros).

O rácio Core Tier 1, que afere a robustez do capital uma instituição, situou-se nos 14,1%, uma melhoria de 0,2 pontos percentuais relativamente aos 13,9% registados tanto no primeiro trimestre de 2017 como no último.

Desde que subiu à liderança do banco, há sete anos atrás, Horta Osório tem vindo a cortar custos, com o objectivo de aumentar a eficiência do banco. O banco, que contava 99.000 funcionários em 2011, tem agora apenas 70.255. As compensações a devolver aos clientes na sequência do escândalo relacionados com os produtos de seguros já subtraíram 18 mil milhões de libras (20,6 mil milhões de euros) às contas do banco até à data, refere ainda a Bloomberg. As irregularidades foram cometidas antes da entrada do gestor português no banco, mas as indemnizações continuam a penalizar os resultados (90 milhões de libras no trimestre).

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