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Lucros do Crédito Agrícola avançam 37% para 64 milhões de euros no semestre

O produto bancário cresceu 7%, mas foi a redução de imparidades, em 76%, que permitiu ao Crédito Agrícola registar uma subida de 37% do lucro nos primeiros seis meses do ano. Os créditos e depósitos subiram, mas o rácio de transformação continua desequilibrado.

Miguel Baltazar
28 de Agosto de 2018 às 13:10
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O Crédito Agrícola registou um crescimento de 37% dos lucros no primeiro semestre. O resultado líquido consolidado do grupo cooperativo alcançou os 64,2 milhões de euros, comparáveis aos 46,9 milhões do mesmo período de 2017.

 

Segundo o comunicado de resultados divulgado às redacções esta terça-feira, 28 de Agosto, o negócio bancário contou com 58,4 milhões de euros para este lucro. Esta é a área mais representativa e também aquela que mais cresceu (34,1%). Já a área de seguros aumentou em 3,4% o seu contributo, para 6,7 milhões, sendo que a área de investimento imobiliário (fundos imobiliários e CA Imóveis) deu um contributo negativo.

 

No que ao ramo de banca diz respeito, a margem financeira (diferença entre juros cobrados em créditos e juros pagos em depósitos) cresceu 2,5% para os 173,5 milhões de euros. As comissões líquidas obtidas avançaram 11,4% para 50,9 milhões de euros. No seu conjunto, o produto bancário fixou-se em 258,3 milhões nos primeiros seis meses do ano, o que representa um avanço homólogo de 6,7%. Os custos operacionais também se agravaram em 2,2% para 167,5 milhões de euros.

 

O crescimento do lucro do Crédito Agrícola, que fechou 11 agências nos 12 meses terminados em Junho (tendo uma rede com 659 balcões) foi conseguido, sobretudo, graças à diminuição verificada nas imparidades e provisões constituídas entre Janeiro e Junho. A rubrica verificou um recuo de 75,6% para 3,5 milhões de euros, sendo que o banco garante ter uma "gestão sã e prudente". 

 

Olhando para o balanço, o rácio de crédito vencido há mais de 90 dias desceu de 5,9%, em Junho de 2017, para 5,1%, um ano depois. 

 

A carteira de crédito bruto a clientes do grupo presidido por Licínio Pina (na foto) era de 9,6 mil milhões de euros, um crescimento homólogo de 6,3%, "que contrata com a variação homóloga negativa de 1,3% registada pelo conjunto das instituições financeiras em Portugal para o mesmo período", ressalva a instituição no comunicado enviado às redacções para defender que tem aumentado a sua quota. Deste total, o crédito a empresas e administração pública é de 5 mil milhões de euros.

 

Já os recursos de clientes "sob a forma de depósitos bancários" avançaram 9,4% para 13 mil milhões de euros, um crescimento homólogo de 9,4%.

 

O rácio de transformação está, ainda assim, desequilibrado: os créditos concedidos pelo banco representam apenas 68,5% dos depósitos captados. 

 

Em termos de capital, o rácio CET1, o mais exigente na análise aos fundos próprios de cada banco, foi de 13,9% em Junho de 2016, acima dos 13,1% de Junho de 2017. O ROE – rentabilidade dos capitais próprios – subiu de 7,2% para 8,8%.

(Notícia corrigida às 15.00 para rectificar a formulação inscrita sobre o rácio de transformação)

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