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Inquérito ao Banif: CDS toma "boa nota" de posição Constâncio mas pede esclarecimento

O CDS-PP referiu esta sexta-feira, em comunicado, que "toma boa nota" da posição pública do vice-presidente do BCE, Vítor Constâncio, "perante uma comissão parlamentar de inquérito do seu país" e que o eurodeputado Nuno Melo pedirá esclarecimentos.

Jasper Juinen/Bloomberg
Negócios 22 de Abril de 2016 às 22:22
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"Tendo tido conhecimento da posição pública do vice-presidente do BCE, Vítor Constâncio, hoje à tarde, afirmando que não 'presta contas' aos parlamentos nacionais, o CDS toma boa nota desta atitude perante uma comissão parlamentar de inquérito do seu país", refere o CDS, num comunicado enviado à agência Lusa.

 

O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Vítor Constâncio, afirmou hoje que a comissão parlamentar de inquérito ao Banif não endereçou qualquer pedido de depoimento, até porque o BCE só "responde perante o Parlamento Europeu".

 

Em conferência de imprensa, após uma reunião do Ecofin (ministros da Economia e das Finanças dos Estados-membros), em Amesterdão, Vítor Constâncio garantiu "não ter recebido nenhum pedido nesse sentido" (para prestar declarações) e lembrou que, em casos anteriores, "em diferentes Estados-membros", as estruturas do BCE "não respondem perante comissões de inquérito de parlamentos nacionais".

 

"Nós apenas temos que responder perante o Parlamento Europeu, como já aconteceu com a Irlanda e em relação a Portugal", garantiu aos jornalistas.

 

No comunicado, o CDS refere que vai "aguardar a resposta formal do vice-presidente do BCE, que irá analisar à luz do direito aplicável".

 

O CDS-PP salienta também que, para que não "ocorra demora em esclarecer os contribuintes" portugueses, o eurodeputado Nuno Melo "requer ainda hoje, esclarecimentos sobre o envolvimento e diligências tomadas pelo vice-presidente do BCE no sentido de desbloquear a oferta do Santander junto da Comissão Europeia".

 

Em causa está uma missiva de Danièle Nouy (presidente do Conselho de Supervisão do BCE), na qual - no sábado, 19 de Dezembro, pela manhã - esta diz ter recebido chamadas do ministro das Finanças, Mário Centeno, e de Vítor Constâncio pedindo para o BCE "desbloquear a oferta do Santander junto da Comissão Europeia".

 

A 20 de Dezembro de 2015, um domingo, o Governo e o Banco de Portugal anunciaram a resolução do Banif, com a venda de parte da actividade bancária ao Santander Totta, por 150 milhões de euros, e a transferência de outros activos - incluindo 'tóxicos' - para a nova sociedade veículo.

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