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Grupo Santander já cumpre rácio mínimo exigido a partir de 2016

O Santander já sabe o capital mínimo que tem de cumprir no próximo ano. O rácio CET1 que é exigido ao grupo espanhol é de 9,75%. Em Setembro, a instituição tinha uma folga, dado que possuía um rácio de 12,39% em Setembro.

Bloomberg
23 de Dezembro de 2015 às 18:13
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O grupo financeiro Santander já cumpre as exigências de capital que lhe vão ser requeridas a partir do próximo ano, revelou a instituição em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

 

"A decisão exige que o grupo mantenha um rácio Common Equity Tier 1 de 9,75%, em base consolidada. A exigência compara com o rácio de 12,39% do grupo registado, para efeitos regulatórios, em Setembro de 2015", assinala o comunicado do grupo espanhol. O rácio inclui a consolidação das várias unidades do banco, nomeadamente o Santander Totta em Portugal.

O rácio Common Equity Tier 1 mede o peso do capital de melhor qualidade do grupo em relação aos seus fundos próprios.

 

Este é o novo rácio que será exigido a partir de 2016, resultante do processo de revisão e avaliação de supervisão, o chamado SREP (nas siglas originais, "Supervisory Review and Evaluation Process"). Trata-se de um processo levado a cabo pelo Banco Central Europeu que adequa o nível de capital que os bancos têm de possuir para fazer face ao risco dos seus próprios activos. Deixa, por isso, de haver um rácio mínimo exigido a todos os grupos para haver valores indicativos para cada instituição.

 

Segundo o comunicado da instituição liderada por Ana Botín (na foto), o rácio de 9,75% terá de ser composto pelo capital mínimo exigido (para todos os bancos), de 4,5% dos fundos próprios, a que acrescem obrigações de possuir capital capaz de resistir a crises (como é o caso da almofada de conservação de capital, que exige que os bancos acumulem capital em alturas de crescimento económico para enfrentar momentos de crise). Há ainda um capital, de 0,25% do total, que tem de ser mantido porque o Santander é considerado uma entidade financeira com carácter sistémico global, isto é, com capacidade para afectar a economia mundial.

 

Estes números são os exigidos numa base consolidada, que agrega todo o grupo a nível mundial. Numa perspectiva individual, o Santander tem de ter um rácio CET1 de 9,5%, que compara com 14,19% registados em Setembro (não é exigida a porção relativa ao carácter sistémico).

 

O Santander é o grupo que, em Portugal, detém o Santander Totta e que considera o país um mercado estratégico. Depois de ter falhado a corrida ao Novo Banco, conseguiu ficar com o Banif no âmbito da medida de resolução de que este foi alvo: o Santander pagou 150 milhões de euros mas o Estado desembolsou 2.255 milhões para compensar a desvalorização dos activos adquiridos (beneficiando ainda de uma garantia adicional de 323 milhões de euros). 


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