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Grandes devedores do Novo Banco provocam perdas de mais de 5,5 mil milhões

A informação agregada e anonimizada relativa a grandes posições financeiras do Novo Banco, atualizada agora pelo Banco de Portugal, mostra que as perdas com os grandes devedores passaram de 4.150 milhões no final de 2018 para 5.573 milhões no final do ano passado.

Sérgio Lemos
03 de Setembro de 2020 às 20:15
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As perdas do Novo Banco com grandes devedores superavam os 5,5 mil milhões de euros no final do ano passado. A informação agregada e anonimizada relativa a grandes posições financeiras do banco liderado por António Ramalho foi divulgada esta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP). 

O Novo Banco tinha no final de dezembro de 2018, à data da última injeção de dinheiros públicos, 4.150 milhões de euros em "outras perdas à data de referência". Este valor aumentou
para 5.573 milhões de euros em dezembro de 2019, de acordo com os dados do regulador liderado por Mário Centeno. 

Estes números são publicados no âmbito da lei 15/2019 que, segundo o BdP, veio "estabelecer obrigações de transparência e escrutínio às operações de capitalização, resolução, nacionalização ou liquidação de instituições de crédito com recurso, direto ou indireto, a fundos públicos". O Novo Banco recebeu em maio uma nova injeção de capital este ano, referente às contas de 2019, de 1.035 milhões de euros. 


É ainda possível constatar, através dos dados do BdP, que ao longo do último ano, as imparidades passaram de 2.179 milhões para 950 milhões de euros. Isto enquanto a exposição desceu de 3.025 milhões para 1.470 milhões de euros. 

O BES Angola, identificado como o cliente "130", continua a ser o maior devedor do banco que resultou da resolução do Banco Espírito Santo, no verão de 2014. Este devedor gerou uma perda de 2,9 mil milhões ao Novo Banco.

(Notícia em atualização.)
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