Fernando Ulrich retirou de cima da mesa a fusão entre o banco que lidera, o BPI, e o Banco Comercial Português.

"A única coisa que posso dizer, e só quero falar em nome da comissão executiva do BPI, é que não está na agenda da comissão executiva do banco a fusão com o BCP nem com nenhum outro", disse Fernando Ulrich na conferência de imprensa após a apresentação de um lucro de 76,2 milhões de euros nos primeiros seis meses do ano.

"Nem contamos trabalhar neste tema", adiantou ainda Ulrich.

Fernando Ulrich recusou-se a responder a uma pergunta sobre o motivo pelo qual esta fusão foi retirada de cima da mesa agora e não anteriormente. "O que mudou? Limitei-me a dizer que não está na agenda que eu presido", disse o presidente da comissão executiva, organismo do BPI que gere a actividade operacional o banco.

Mesmo o fim da oferta pública de aquisição do CaixaBank sobre o BPI não parece ter aberto margem para uma discussão sobre uma eventual fusão, a promover pela empresária angolana Isabel dos Santos, accionista do BPI.

O BCP já tinha mostrado disponibilidade para debater com o BPI uma eventual fusão, que agora Ulrich parece afastar. 

"Tão cedo" não se espera voltar a discutir fusão

Esta foi a terceira vez que a fusão entre BCP e BPI foi discutida. E, uma vez mais, não parece concretizar-se.

Mas os accionistas não podem trazer o tema para cima da mesa, perguntaram os jornalistas? "Somos muito obedientes e obviamente que se os accionistas do banco determinarem que há alguma coisa para fazer, a comissão executiva executa aquilo que órgãos competentes decidirem". "Nunca digas nunca", brincou.

"Tão cedo não estou a ver que seja um assunto que seja trabalhado", adiantou, contudo, o CEO do BPI.