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FMI avisa que busca excessiva de lucros pode pôr em risco estabilidade financeira

O FMI considera que os riscos para a estabilidade financeira mundial diminuíram, acompanhando a recuperação económica, mas avisa que há vulnerabilidades que podem pôr em causa esta acalmia, nomeadamente procura de lucros nos mercados financeiros.

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11 de Outubro de 2017 às 13:06
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O FMI considera que os riscos para a estabilidade financeira mundial diminuíram, acompanhando a recuperação económica, mas avisa que há vulnerabilidades que podem pôr em causa esta acalmia, nomeadamente procura de lucros nos mercados financeiros.

 

No Relatório de Estabilidade Financeira Global, hoje divulgado, a instituição liderada por Christine Lagarde considera que "a estabilidade financeira mundial continua a melhorar", a par da retoma da economia mundial e do dinamismo dos mercados financeiros.

 

Contudo, avisa também que a recuperação da economia mundial ainda é um processo em curso e que é necessário continuarem a existir medidas para a sustentar.

 

Além disso, alerta, estão a ser gerados excessos nos mercados financeiros que podem levar a que a acalmia se torne turbulência.

 

Desde logo avisa para o risco de mercado, considerando que investidores (nomeadamente institucionais) estão a mudar de activos em busca por rendimentos melhores, expondo-se a mais riscos.

 

Outros riscos referidos são o elevado endividamentos das economias mais desenvolvidas, (G20), com o FMI a considerar que a "alavancagem do sector privado já é maior do que antes da crise financeira", a maior dependência dos países emergentes de empréstimos do estrangeiro e ritmo de expansão do crédito na China.

 

Para evitar que estas vulnerabilidades ponham em causa a estabilidade financeira, o FMI defende que os decisores devem manter políticas que sustentem a economia, desde logo que os bancos centrais mantenham alguns estímulos monetários para apoiar a economia e aumentar a inflação, reduzindo os seus balanços de forma gradual. 

 

Quanto aos bancos privados, o FMI considera que estão mais resistentes desde a crise, com mais capital e liquidez, e que estão a reestruturar o seu negócio aos novos tempos, mas admite que muitos ainda continuam a lutar para alcançar a viabilidade.

 

Aos países emergentes, a instituição refere que é importante que usem o endividamento de forma correta, no desenvolvimento e para se tornarem menos desequilibrados, e que na China devem ser tomadas medidas para tornar a economia menos dependente do crédito.

 

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