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Facebook é a maior fonte de burlas na Revolut. "Fintech" pede indeminizações para vítimas

O responsável pela área de criminalidade financeira da "fintech" diz que estão "a ser dados passos de bebé" e que é preciso fazer mais. O Facebook é a maior fonte de burlas, de acordo com os dados da Revolut. Já em Portugal, o cenário é diferente já que é no Telegram que mais se verifica este tipo de criminalidade.

A corrida das “fintech” à inteligência artificial está a acelerar. Revolut (na foto), Klarna e Rauva são algumas das empresas a fazê-lo em Portugal.
Nikos Pekiaridis/NurPhoto
03 de Outubro de 2024 às 13:10
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Na primeira metade do ano, as plataformas da Meta foram responsáveis por 63% de todas as burlas relatadas à Revolut, de acordo com os números avançados pela empresa. Face a esta situação, a Revolut pede à Meta que reembolse as vítimas deste tipo de criminalidade.

Em Portugal o cenário é diferente, com as burlas nas redes sociais da dona do Facebook a desceram 6% para 52%.

Perante os números globais, a "fintech" acusa a Meta de fazer pouco para prevenir situações de fraude. "A parceria de partilha de dados recentemente anunciada fica muito aquém do que é necessário para combater a fraude a nível mundial", critica a Revolut, fazendo referência ao acordo celebrado entre a dona do Instagram e Whatsapp com os bancos e instituições financeiras do Reino Unido, tendo em vista a partilha de dados.

"Mais uma vez, a atenção está a ser colocada nas instituições financeiras para que forneçam dados sobre as fraudes observadas nas plataformas Meta, em vez de a Meta investir mais na monitorização das suas próprias plataformas", critica a Revolut.

Por outro lado, a "fintech" alerta que esta parceria sabe a pouco também por outra razão: a falta de amplitude geográfica deste acordo. "Esta iniciativa centra-se apenas no Reino Unido, quando a fraude é um problema global que afeta consumidores e empresas em muitos países", pode ler-se no comunicado.

Na nota, o responsável pelo departamento de controlo de crimes financeiros diz mesmo que este tipo de iniciativas "são passos de bebé, quando o que o setor realmente precisa é de dar saltos gigantescos". "O que o nosso último relatório sobre a criminalidade financeira mostra é que as plataformas de redes sociais não só continuam a permitir a fraude, mas que o problema é tão grave hoje como era no ano passado", remata Woody Malouf.

Assim, a empresa liderada por Nikolay Storonsky pede ao grupo comandado por Mark Zuckerberg "que se comprometa a reembolsar as vítimas de fraude", já que "continua a não haver qualquer compromisso de comparticipação no reembolso das vítimas defraudadas nas plataformas da Meta, apesar de a empresa poder vir a lucrar com anúncios falsos e fraudulentos", acrescenta a Revolut.

Telegram é o canal de burla mais comum em Portugal

A nível global, 39% das burlas tiveram origem no Facebook, representando mais do dobro do número de casos de fraude originados no WhatsApp (18%) e no Telegram (12%).

Já em Portugal, o cenário é exatamente o oposto: o Telegram foi responsável por 29% dos casos de burla, o que representa o valor mais alto de todas as plataformas, seguido do WhatsApp (24%) e Facebook (19%).

As burlas com compras ocupam a maior fatia deste de tipo de criminalidade no país, 45%, seguidas das burlas de emprego e das de investimento.

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