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Ex-seguradora do Novo Banco fecha 2020 com prejuízos de 45,8 milhões de euros

Após um prejuízo de perto de 50 milhões no primeiro semestre do ano, a Gama Life conseguiu passar a lucros de mais de 4 milhões na segunda metade do ano, o que reduziu o resultado negativo no total de 2020.

04 de Março de 2021 às 08:04
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A Gama Life, antiga GNB Vida, fechou 2020 com prejuízos de 45,8 milhões de euros, o que representa uma melhoria de 45,5 milhões face ao ano anterior, de acordo com um comunicado divulgado esta quinta-feira. Um resultado justificado pelo impacto da pandemia, mas também pelos custos relacionados com a separação do Novo Banco. 

"As razões para este resultado negativo devem-se sobretudo ao aumento da provisão para compromissos de taxa decorrente da diminuição das taxas de juro, às menos valias realizadas na carteira de acções decorrentes de uma estratégia de diminuição do risco, assim como às perdas contínuas nos produtos com taxas garantidas elevadas", indica a seguradora. 


Apesar do resultado negativo no total do ano, a companhia refere que "
prosseguiu a sua recuperação e após um prejuízo de 50,3 milhões no primeiro semestre de 2020, nos últimos seis meses do ano passado alcançou um lucro de 4,5 milhões".


"2020 foi um ano muito difícil para todos devido à pandemia da covid-19, mas também foi um ano com grandes conquistas. Foi o ano em que assumimos a designação social de GamaLife e em que invertemos a tendência de prejuízos da companhia, alcançando um resultado líquido positivo no segundo semestre", afirma Matteo Castelvetri, CEO da Gama Life. 


Ao longo deste período, a empresa do setor segurador registou uma descida no volume de negócio de 50,9% para 290,2 milhões. "Apesar desta diminuição, é de destacar a evolução positiva da componente dos seguros ligados a Fundos de Investimento, cujo volume de prémios atingiu os 108,8 milhões, um crescimento de 132,3% face a 2019 e um ganho na quota de mercado de 2,9 pontos percentuais, para 6,3%", afirma a empresa. 


Para esta quebra contribuiu a diminuição de 69,8% na produção de seguros PPR. De acordo com a seguradora, "se, por um lado, esta diminuição foi diretamente influenciada pela pandemia da covid-19 e pela propensão dos clientes para produtos que privilegiam a segurança e liquidez imediatas, como certificados de poupança e depósitos bancários, por outro também reflete decisões de gestão, já que a GamaLife optou por limitar o novo negócio em produtos garantidos no segundo trimestre do ano".


Quanto aos custos operacionais, registou-se um aumento de 17%, "em resultado sobretudo das atividades relacionadas com a separação do Novo Banco e do relançamento das operações", nota. Já os custos com pessoal subiram 20,3%, "impulsionados pelo aumento de novos colaboradores, com a contratação líquida de mais sete profissionais ao longo do ano". Por outro lado, os custos financeiros diminuíram em 8,9%. 

(Notícia atualizada com mais informação.)

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