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Estado começa a sair do Bankia ao vender 7,5% do capital

O Estado espanhol vai colocar à venda 7,5% do capital que detém no Bankia, uma instituição financeira nacionalizada em 2012. A operação poderá render 1.365 milhões de euros.

27 de Fevereiro de 2014 às 19:40
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O Estado espanhol vai começar a sair do capital do Bankia. Para isso, Madrid vai vender 7,5% do capital que detém no banco, fruto da instituição ter sido nacionalizada em 2012, escreve a imprensa espanhola.

 

De acordo com uma nota enviada ao regulador espanhol e citada pelo “El País”, esta colocação deverá durar um dia e deverá ser um procedimento conhecido como “accelerated bookbuild” (colocação acelerada) junto de investidores institucionais. O Deutsche Bank, o Morgan Stanley e o UBS foram as instituições financeiras mandatadas para executarem esta operação.

 

De acordo com esta publicação, o Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária (FROB), controla 68,4% do capital do Bankia. Em bolsa, este banco está avaliado em 18.200 milhões de euros, pelo que 7,5% do capital tem um valor de mercado de 1.365 milhões de euros. 

 

O objectivo do FROB passa por reduzir a sua presença na instituição até aos 50,01% dos títulos, conservando ainda assim a maioria do capital na instituição nacionalizada em 2012.

 

Os títulos do banco encerraram a sessão de hoje a caírem 0,8% para 1,58 euros.

 

Esta operação acaba por não ser totalmente surpreendente, já que no passado dia 15 de Janeiro, o ministro da Economia espanhol, Luis de Guindos, assegurou que o FROB e a direcção do Bankia estavam a trabalhar para definir nos meses seguintes a estratégia de venda do banco, escrevia na altura o jornal espanhol “Cinco Días”. A estratégia deverá ter como objectivo maximizar o retorno das ajudas concedidas pelo FROB ao Bankia. “Estão a ser estudadas as alternativas e o FROB sabe que a sua missão fundamental nos próximos meses é definir a estratégia” para a venda do banco conjuntamente com a direcção da entidade, sublinhou Luis de Guindos, na época.

 

A 3 de Fevereiro de 2014, o banco anunciou que retomou, em 2013, aos resultados positivos. Na altura, o “El País” escrevia que depois de, em 2012 esta instituição bancária ter atingido os prejuízos mais elevados da história económica espanhola - com perdas de 19.056 milhões de euros – e depois de uma injecção de 22.424 milhões de capital público no ano passado o Bankia teve um resultado líquido de 509 milhões de euros.

 

De acordo com os números apresentados, o banco conseguiu reduzir as provisões pela deterioração de activos para menos de 1.500 milhões de euros, quando em 2012 estas se cifravam em 19.000 milhões de euros, o que somado às mais-valias de 330 milhões, realizadas com a venda de activos imposta pelas instituições europeias, perfaz um lucro de 509 milhões de euros.

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