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Estado lança concurso para vender banco Efisa

O segundo procedimento para a alienação do Efisa vai ser lançado no início do ano. A Parparticipadas, herdeira do BPN, espera escolher o vencedor até Abril.

Bruno Simão/Negócios
22 de Dezembro de 2017 às 12:26
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O Estado quer lançar o concurso para vender o Banco Efisa no início do próximo ano. O facto de a instituição ter uma licença bancária europeia é visto como o grande atractivo do banco de investimento que pertencia ao BPN.

 

"Na sequência dos pedidos de informação recebidos, a Parparticipadas, S.G.P.S., S.A. informa os interessados que prevê lançar o procedimento de alienação do Banco Efisa, S.A. durante o mês de Janeiro de 2018 com a publicação do anúncio respectivo", indica o comunicado remetido esta sexta-feira, 22 de Dezembro, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A Parparticipadas é um dos veículos estatais que ficou com os activos do nacionalizado BPN que não foram adquiridos pelo BIC em 2012. A opção agora assumida pela sociedade e pelo Ministério das Finanças é a realização de um "concurso público, limitado a entidades que preencham determinados requisitos e que venham a ser seleccionadas de acordo com os critérios definidos no respectivo programa de concurso". Para já, não há indicações de quais são as condições.

 

Em termos de calendário, "a expectativa da Parparticipadas, SGPS, S.A. é que o procedimento possa ser concluído, com a adjudicação da proposta vencedora, num prazo de três a quatro meses". Ou seja, em Abril, a sociedade estatal espera ter um contrato de compra e venda assinado.

 

O Negócios questionou, nas últimas semanas, a Parparticipadas e o Ministério das Finanças sobre o dossiê, mas não recebeu qualquer resposta.

 

Este é o segundo procedimento para a venda do Efisa, depois de o primeiro ter falhado. O primeiro acordo, assinado a 5 de Outubro de 2015, previa a venda à sociedade Pivot, num negócio avaliado em 38 milhões de euros. A Pivot era detida pela Aethel, de Ricardo Santos Silva e Aba Schubert, a que se associaram outros investidores, como o antigo ministro Miguel Relvas. A venda foi abortada em Abril deste ano, já que a autorização do Banco Central Europeu para a realização da transacção nunca chegou.

 

Potenciais interessados

 

A Pivot dizia, na reacção ao cancelamento do primeiro processo, que continuava "totalmente empenhada em adquirir e revitalizar o Banco Efisa". A Patris, gestora de fundos que perdera a corrida pelo Efisa em 2015, admitiu então ao Negócios que este era um dossiê para o qual queria olhar.


O Jornal Económico escreve esta sexta-feira que o Banco Económico de Angola, que resultou da intervenção administrativa ao BES Angola, está em conversações para ter uma presença em Portugal, sendo que uma das opções é, precisamente, a análise sobre a venda do Efisa.

 

Os potenciais interessados têm em comum o facto de não disporem de uma licença bancária para operar na Europa, o elemento que dá atractividade ao Efisa.

O Estado tem tido custos com este banco de investimento já que, para manter a autorização do supervisor para operar necessita de cumprir rácios mínimos de capital. Além disso, a Parparticipadas também aumentou as imparidades associadas a este seu activo por conta do cancelamento da venda.


(Notícia actualizada às 12:53)

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