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Espanhol Liberbank faz aumento de capital de 500 milhões no pós-Popular
O Liberbank foi afectado pela queda do Popular em Junho. Em Setembro, anuncia medidas de reforço do balanço, que passam pela venda de activos não produtivos e por um aumento de capital.
O banco espanhol Liberbank quer reforçar a sua situação. A instituição financeira, que esteve na mira do mercado após a resolução aplicada ao Popular, propôs aos accionistas um aumento de capital de 500 milhões de euros. Além disso, pretende vender 800 milhões de euros de activos arriscados, como imobiliário e crédito malparado.
Em comunicados enviados ao regulador espanhol do mercado de capitais (a CNVM), o Liberbank revelou que pretende realizar o reforço de capital de 500 milhões de euros "para elevar a cobertura dos activos não produtos [créditos em risco, por exemplo] a níveis em torno de 50%, o que permitirá acelerar a redução de activos não produtivos em relação ao previsto no plano do grupo". O pedido será votado na assembleia-geral agendada para 9 de Outubro.
Há três accionistas, com um peso global de 25%, que vão participar no aumento de capital (Oceanwood Capital Management, Aivilo Spain e Corporación Masaveu). A Fundación Bancaria Caja de Ahorros de Asturias, a Fundación Bancaria Caja de Ahorros y Monte de Piedad de Extremadura e a Fundación Bancaria Caja de Ahorros de Santander y Cantabria, com um peso de 43,8% do capital do Liberbank, vão participar na operação, mas com a intenção de que a mesma seja "economicamente neutra", seja através da operação de venda de acções ou direitos e o exercício de direitos de subscrição preferenciais".
O Deutsche Bank e o Citigroup são os bancos responsáveis pela operação, tendo-se comprometido "a assegurar o valor total da emissão que não seja assumido" por estes accionistas.
O aumento de capital inclui-se num plano de reforço de solidez do banco, que passa ainda pela venda de activos não produtivos num montante superior a 800 milhões de euros, de acordo com os comunicados oficiais.
O Liberbank sofreu no mercado accionista após a resolução aplicada ao Popular, que passou pela venda do banco ao Santander, o que levou o regulador do mercado a proibir a aposta na queda das acções ("short-selling"). A proibição estende-se até 12 de Julho, a próxima terça-feira, tendo as acções subido hoje 0,21% para os 0,97 euros.