Notícia
Depois de Portugal, S&P sobe rating do Santander Totta e BPI
Foi na sexta-feira que a Standard & Poor’s decidiu subir o rating de Portugal em um nível, de BBB- para BBB. O mesmo passo foi agora dado relativamente à notação do Totta e BPI.
Depois de ter melhorado o rating de Portugal, a agência Standard & Poor’s decidiu agora subir a notação do Santander Totta e do BPI para BBB face a BBB-, dentro do grau de investimento.
"A elevada qualidade dos ativos, verificada mesmo durante a crise, permitiu fortalecer ainda mais os perfis comercial e financeiro, enquanto os outros bancos domésticos permaneceram focados na redução da forte exposição aos NPEs", adianta a S&P sobre o Santander Totta, numa nota enviada esta segunda-feira, 18 de março. O 'outlook' é estável.
A entidade refere ainda que o banco liderado por Pedro Castro e Almeida "tem uma forte posição competitiva em Portugal que, combinada com um perfil de financiamento equilibrado, suporta a sua posição de credibilidade em termos individuais".
Esta vantagem competitiva é também referida no caso do BPI como justificação para a melhoria do rating. Além disso, o banco "também beneficia do forte compromisso financeiro e apoio do grupo" - ou seja, do suporte do catalão CaixaBank - nota a agência de notação.
"A qualidade dos ativos do BPI é mais forte em comparação com os pares domésticos", diz a S&P, salientando ainda o facto de a instituição financeira ter uma "base leal de clientes" e um "perfil de liquidez adequado". Já o 'outlook' estável "reflete a perspetiva sobre Portugal e a expectativa de que o BPI vai continuar a ser uma subsidiária altamente estratégica do CaixaBank nos próximos 24 meses".
Ainda assim, a agência alerta para os riscos económicos ainda elevados em Portugal que continuam a limitar a sua perspetiva relativamente à capitalização do banco. Além disso, destaca a exposição a Angola, onde a economia está sob pressão.
A melhoria dos ratings dos dois bancos portugueses acontece depois de, na sexta-feira, a agência ter decidido subir o rating de Portugal em um nível, de BBB- para BBB, que passou assim para o penúltimo grau da categoria de investimento de qualidade.
Malparado e rentabilidade continuam a pesar
Apesar de o Totta e o BPI, assim como os restantes bancos portugueses, continuarem a fazer um esforço de limpeza dos empréstimos em incumprimento, os receios em torno destes ativos tóxicos continuam a pesar para a S&P.
"Os 'stocks' elevados de NPE [Non-Performing Exposure, onde se inclui o malparado] e a rentabilidade ainda modesta continuam a ser um receio", nota a agência de notação. "Embora o 'stock' elevado de NPE esteja a recuar, prevemos que pressione os balanços e rentabilidade dos bancos portugueses nos próximos anos", devendo manter-se acima em comparação com a maioria dos outros países europeus.
Isto porque, explica a S&P, o "mercado secundário para os NPE está menos desenvolvido e os bancos têm uma capacidade modesta para absorverem provisões mais elevadas e promover, assim, uma redução de NPE, em comparação com alguns bancos mais fortes no sul da Europa".
Além do crédito malparado, também a "perspetiva para a rentabilidade dos bancos portugueses é menos favorável em comparação com outros pares europeus", nota a agência, acrescentando que os 'players' nacionais têm uma base de receitas "menos diversificada" e podem "sofrer com o aumento dos custos de financiamento nos próximos anos", especialmente numa altura em que serão obrigados a emitir dívida para cumprir os requisitos mínimos de capital exigidos, conhecidos como MREL.
"A elevada qualidade dos ativos, verificada mesmo durante a crise, permitiu fortalecer ainda mais os perfis comercial e financeiro, enquanto os outros bancos domésticos permaneceram focados na redução da forte exposição aos NPEs", adianta a S&P sobre o Santander Totta, numa nota enviada esta segunda-feira, 18 de março. O 'outlook' é estável.
Esta vantagem competitiva é também referida no caso do BPI como justificação para a melhoria do rating. Além disso, o banco "também beneficia do forte compromisso financeiro e apoio do grupo" - ou seja, do suporte do catalão CaixaBank - nota a agência de notação.
"A qualidade dos ativos do BPI é mais forte em comparação com os pares domésticos", diz a S&P, salientando ainda o facto de a instituição financeira ter uma "base leal de clientes" e um "perfil de liquidez adequado". Já o 'outlook' estável "reflete a perspetiva sobre Portugal e a expectativa de que o BPI vai continuar a ser uma subsidiária altamente estratégica do CaixaBank nos próximos 24 meses".
Ainda assim, a agência alerta para os riscos económicos ainda elevados em Portugal que continuam a limitar a sua perspetiva relativamente à capitalização do banco. Além disso, destaca a exposição a Angola, onde a economia está sob pressão.
A melhoria dos ratings dos dois bancos portugueses acontece depois de, na sexta-feira, a agência ter decidido subir o rating de Portugal em um nível, de BBB- para BBB, que passou assim para o penúltimo grau da categoria de investimento de qualidade.
Malparado e rentabilidade continuam a pesar
Apesar de o Totta e o BPI, assim como os restantes bancos portugueses, continuarem a fazer um esforço de limpeza dos empréstimos em incumprimento, os receios em torno destes ativos tóxicos continuam a pesar para a S&P.
"Os 'stocks' elevados de NPE [Non-Performing Exposure, onde se inclui o malparado] e a rentabilidade ainda modesta continuam a ser um receio", nota a agência de notação. "Embora o 'stock' elevado de NPE esteja a recuar, prevemos que pressione os balanços e rentabilidade dos bancos portugueses nos próximos anos", devendo manter-se acima em comparação com a maioria dos outros países europeus.
Isto porque, explica a S&P, o "mercado secundário para os NPE está menos desenvolvido e os bancos têm uma capacidade modesta para absorverem provisões mais elevadas e promover, assim, uma redução de NPE, em comparação com alguns bancos mais fortes no sul da Europa".
Além do crédito malparado, também a "perspetiva para a rentabilidade dos bancos portugueses é menos favorável em comparação com outros pares europeus", nota a agência, acrescentando que os 'players' nacionais têm uma base de receitas "menos diversificada" e podem "sofrer com o aumento dos custos de financiamento nos próximos anos", especialmente numa altura em que serão obrigados a emitir dívida para cumprir os requisitos mínimos de capital exigidos, conhecidos como MREL.
(Notícia atualizada às 18:50 com mais informação)