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Crédito Agrícola avança para fusões de caixas para cumprir regulação
“Temos de continuar com o processo de fusão, porque as pequenas caixas não conseguem cumprir os requisitos”, assumiu Licínio Pina.
Várias das caixas que compõem o sistema do Crédito Agrícola não estão a conseguir fazer face às exigências de regulação e de supervisão. Esse é o motivo, diz o presidente da Caixa Central, para continuar a união de várias entidades.
"Temos de continuar com o processo de fusão, porque as pequenas caixas não conseguem cumprir os requisitos", disse Licínio Pina no Fórum Banca, evento organizado pelo Jornal Económico e pela PwC, que se realizou esta quinta-feira, 29 de Novembro, em Lisboa.
O Crédito Agrícola tem várias caixas associadas, ao longo de todo o território, e uma caixa central, sendo que juntas completam o Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Todas têm órgãos sociais distintos, pelo que há exigências específicas para cada caixa que, quando têm uma dimensão limitada, têm dificuldades em responder.
Segundo Licínio Pina, há ainda um caminho a percorrer, apesar da perda de concorrência em alguns mercados: "Há muitas localidades onde estamos já sozinhos".
Mas esse facto também traz preocupações para o líder do Crédito Agrícola, "que se prendem com a presença de pessoas nas várias zonas do país".
Aliás, sobre este aspecto, o responsável do banco cooperativo diz mesmo que "políticas efectivas de reduzir assimetrias litoral-interior são raras".