Notícia
Chineses da TAP criam tensão entre CEO e chairman do Deutsche Bank
O presidente executivo estará a evitar encontros com representantes do conglomerado. Em privado, sugere que a HNA tem uma estrutura de investimento especulativa no banco alemão que cria riscos para os investidores.
O presidente executivo do Deutsche Bank estará relutante em receber o seu principal accionista, os chineses da HNA, que no âmbito das suas expressivas compras globais realizadas nos últimos anos, detêm também uma participação indirecta na portuguesa TAP.
Segundo o The Wall Street Journal, John Cryan (na foto) terá dito a colaboradores que não quer ter nada a ver com este conglomerado chinês, que detém uma participação de 9,9% no banco alemão.
A atitude negativa evidente de Cryan de terá irritado o presidente do conselho de administração, Paul Achleitner, que no passado ajudou à entrada deste accionista. E a frieza levantou ainda dúvidas junto dos membros do conselho de supervisão do banco.
Cryan tem estado sob pressão para cortar custos no maior banco alemão, reforçar tecnologicamente a instituição e levar a banca de investimento de novo a lucro, enquanto Achleitner é visto como um presidente do conselho de administração muito activo.
Pelo meio chegou a HNA, cortejada por Achleitner durante o processo de aumento de capital do Deutsche Bank, em Março e April. Mas desde que se tornou efectiva a entrada da empresa chinesa no capital – em Maio, passando de 3% para quase 10% -, ainda não houve nenhum encontro entre o CEO do banco e Adam Tan, o seu homólogo na HNA.
"Sim, não se encontraram, mas é claro que se encontrarão," disse um porta-voz do Deutsche Bank ao The Wall Street Journal.
As autoridades europeias (incluindo, desde Junho, o Banco Central Europeu) e as alemãs estão a analisar o financiamento da HNA e a sua posição de influência no banco. Cryan, segundo fontes citadas pelo WSJ, considera que a estrutura de investimento da empresa chinesa no banco é especulativa e cria riscos para o banco e investidores.
A empresa detinha os 3% no banco através da gestora de activos austríaca C-Quadrat e aumentou a sua posição com o recurso a financiamento do banco suíço UBS. Um reforço feito comprando acções no mercado o que terá limitado a capacidade do Deutsche Bank controlar o processo.
Cryan, que já foi administrador financeiro do UBS, terá manifestado desconforto a algumas pessoas com a opacidade do financiamento da HNA e com o facto de o investidor ter comprado as acções mas estar a apostar contra elas – parte da compra foi feita protegendo a HNA da possibilidade de as acções caírem abaixo dos 15 euros, o que já acontece desde o início de Agosto.
Já a HNA assegura que cumpre e coopera com as autoridades em matéria de regulação e que o Deutsche Bank permanece uma oportunidade de investimento atractiva.
A HNA tem 22% da Azul, a companhia brasileira que subscreveu 90 milhões de dólares em obrigações convertíveis em acções da portuguesa TAP.
Segundo o The Wall Street Journal, John Cryan (na foto) terá dito a colaboradores que não quer ter nada a ver com este conglomerado chinês, que detém uma participação de 9,9% no banco alemão.
Cryan tem estado sob pressão para cortar custos no maior banco alemão, reforçar tecnologicamente a instituição e levar a banca de investimento de novo a lucro, enquanto Achleitner é visto como um presidente do conselho de administração muito activo.
Pelo meio chegou a HNA, cortejada por Achleitner durante o processo de aumento de capital do Deutsche Bank, em Março e April. Mas desde que se tornou efectiva a entrada da empresa chinesa no capital – em Maio, passando de 3% para quase 10% -, ainda não houve nenhum encontro entre o CEO do banco e Adam Tan, o seu homólogo na HNA.
"Sim, não se encontraram, mas é claro que se encontrarão," disse um porta-voz do Deutsche Bank ao The Wall Street Journal.
As autoridades europeias (incluindo, desde Junho, o Banco Central Europeu) e as alemãs estão a analisar o financiamento da HNA e a sua posição de influência no banco. Cryan, segundo fontes citadas pelo WSJ, considera que a estrutura de investimento da empresa chinesa no banco é especulativa e cria riscos para o banco e investidores.
A empresa detinha os 3% no banco através da gestora de activos austríaca C-Quadrat e aumentou a sua posição com o recurso a financiamento do banco suíço UBS. Um reforço feito comprando acções no mercado o que terá limitado a capacidade do Deutsche Bank controlar o processo.
Cryan, que já foi administrador financeiro do UBS, terá manifestado desconforto a algumas pessoas com a opacidade do financiamento da HNA e com o facto de o investidor ter comprado as acções mas estar a apostar contra elas – parte da compra foi feita protegendo a HNA da possibilidade de as acções caírem abaixo dos 15 euros, o que já acontece desde o início de Agosto.
Já a HNA assegura que cumpre e coopera com as autoridades em matéria de regulação e que o Deutsche Bank permanece uma oportunidade de investimento atractiva.
A HNA tem 22% da Azul, a companhia brasileira que subscreveu 90 milhões de dólares em obrigações convertíveis em acções da portuguesa TAP.