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CGD vai entregar dividendo extra de 300 milhões ao acionista Estado
O acionista Estado já tinha recebido um "cheque" de 83,6 milhões de euros, ao qual se vão agora somar 300 milhões de dividendo extraordinário.
As "perspetivas de um impacto da situação pandémica na economia de menor dimensão face ao passado, com menores efeitos ao nível da qualidade dos ativos de crédito, a par da robusta posição de capital, permitem o pagamento, ainda em 2021, de um dividendo extraordinário de 300 milhões de euros", refere o banco estatal no comunicado divulgado esta quinta-feira na CMVM.
Tal como o Negócios avançou em junho, a CGD estava a estudar a possibilidade de pagar um dividendo extra de 300 milhões de euros ao Estado, valor que se somará ao "cheque" de 83,6 milhões de euros que já entrou nos cofres públicos.
Esta hipótese foi colocada depois de o Banco Central Europeu ter acabado com o travão aos dividendos a partir de outubro.
Havia, no entanto, vários fatores em cima da mesa, nomeadamente o facto de este pagamento não poder pôr em causa a operação de recompra dos títulos de dívida AT1 de 500 milhões de euros da Caixa. O banco liderado por Paulo Macedo pretende ir ao mercado em 2022 recomprar estes títulos, emitidos no âmbito do processo de recapitalização em 2017, que pagam um juro elevado: mais de 10%.
Proposta para Brasil e Cabo Verde chega ao Governo este mês
Na mesma conferência de imprensa, Paulo Macedo revelou que a "Caixa fará este mês a sua recomendação ao Governo" em relação aos processos de venda dos bancos no Brasil e em Cabo Verde.
As operações têm sofrido alguns revés. O Governo aprovou em maio o relançamento da venda do Banco Caixa Geral - Brasil, depois de ter falhado o primeiro processo de venda.
(Notícia atualizada com mais informação.)