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CGD com lucros de 429 milhões de euros até setembro

Os lucros do banco estatal tinham recuado 39% para 392 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2020.

#7 - Paulo Macedo
04 de Novembro de 2021 às 16:55
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A Caixa Geral de Depósitos (CGD) obteve lucros de 429 milhões de euros até setembro, o que traduz um aumento de 9% face ao resultado positivo registado no mesmo período do ano anterior.

O banco estatal viu o lucro cair 39% para 392 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2020, um resultado explicado em grande medida pelo registo de imparidades e provisões no valor de 220 milhões para fazer face à crise pandémica.

"O resultado líquido inclui ainda um resultado extraordinário de 32,7 milhões de euros (depois de impostos) decorrentes da reavaliação das responsabilidades com benefícios pós-emprego e provisões para o programa de pré-reformas. Deste modo, o resultado líquido corrente foi de 394 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 15,2% face ao resultado corrente do período homólogo em 2020, muito por força da boa evolução dos resultados de operações financeiras", refere o banco no comunicado divulgado esta quinta-feira na CMVM


A margem financeira diminuiu 50,6 milhões de euros face ao mesmo período do ano anterior, "afetada, em especial, pela queda das taxas de juro no mercado, com reflexo direto nos indexantes da carteira, bem como pela baixa generalizada dos spreads nas novas operações, fruto da competitividade do mercado".

Quanto às comissões líquidas, foi registado um aumento de 43,6 milhões de euros face ao período homólogo. "Este aumento está sobretudo suportado nas comissões em Portugal associadas à colocação de fundos de investimento e seguros financeiros", de acordo com o banco liderado por Paulo Macedo. 


Por outro lado, as novas imparidades de crédito registaram 180,4 milhões de euros nos nove meses já decorridos de 2021, um reforço face aos 90,2 milhões de euros registados no final do primeiro semestre. "Estas novas imparidades tiveram genericamente um cariz preventivo para os potenciais efeitos do fim das moratórias de crédito", explica o banco.


Os custos de estrutura totalizaram, em base recorrente, 606 milhões de euros, valor 1,6% inferior ao registado no período homólogo de 2020. Uma evolução que, justifica a Caixa, deve-se a uma diminuição de 27,9% nos custos com pessoal. 


Já os depósitos de clientes aumentaram 5,8 mil milhões de euros (8,0%) neste período. O "stock" de crédito a empresas em Portugal (excluindo os sectores de construção e imobiliário, onde se concentra a redução de NPL) cresceu 5,9%.


A CGD refere ainda que os rácios de capital foram reforçados, o que "permitiu que após o pagamento do dividendo extraordinário se situem em 18,2% no capital core (CET1) e 20,8% no capital total".

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