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CGD quer encerrar mais 23 agências até dia 26 deste mês, denuncia sindicato
STEC denuncia que a administração da CGD quer encerrar até ao final deste mês mais 23 balcões, sobretudo nas regiões de Lisboa e Porto. Também nas regiões de Coimbra e Ílhavo vão encerrar balcões.
A administração da Caixa Geral de Depósitos quer encerrar 23 agências até ao dia 26 de agosto, denuncia o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do grupo CGD (STEC).
Segundo a organização sindical a maioria dos balcões a encerrar serão nas regiões de Lisboa e Porto. Também em Coimbra e Ílhavo vão encerrar balcões.
Ao Negócios o presidente do STEC, Pedro Messias, diz que a CGD não comunicou ao sindicato esta decisão de gestão que é "preocupante". Até porque, acrescenta o dirigente sindical, "a carteira de clientes das agências que vão encerrar vão transitar para outros balcões, agravando o volume de trabalho dos funcionários". Além disso, esta é uma decisão que também "vai alterar" as condições de vida e de trabalho dos funcionários das agências que vão fechar e que vão agora ser redistribuidos por outros balcões, explicou ainda Pedro Messias.
Nos últimos dez anos (entre 2012 e 2022) a CGD já encerrou cerca de 300 agências e reduziu o número de trabalhadores em 3.300. No primeiro semestre de 2022 o banco público registou um lucro de 486 milhões de euros.
O STEC lembra ainda que a CGD é o "único banco público que temos no país", tendo, por isso, "responsabilidades sociais e económicas" e que estamos perante um "cenário de claro abandono da CGD de vastas e povoadas zonas do país".
14 balcões fechados na zona de Lisboa
O Negócios confirmou junto do STEC que há 14 agências sinalizadas na região de Lisboa para serem encerradas dias 26 de agosto. Em causa estão a da Rua Luís Camões, em Alcântara, a da Rua Cardeal Mercier, no Bairro de Santos, nas Avenidas Novas, a da Praça de Londres, a da Avenida António Augusto Aguiar, a da Avenida Afonso Costa, no Areeiro, a da Avenida Duque de Loulé, a do Píncipe Real e a da Rua Francisco Manuel de Melo, na zona das Amoreiras. Os presidentes das juntas de freguesia de Alcântara e das Avenidas Novas já protestaram contra esta decisão da CGD.
Ainda na área metroplitana de Lisboa estão sinalizadas para encerrar portas as agências de Algueirão-Mem Martins, na Estrada do Algueirão em Mem Martins, a de Mina-Amadora, na Rua de Olivença na Amadora, o balcão de Alfragide na Avenida Quinta Grande, na Amadora.
Na margem sul, vão fechar as agências da Quinta da Lomba na Avenida Escola dos Fuzileiros Navais, no Barreiro, a de Corroios na Avenida 25 de Abril e a do Pragal, na Rua Frederico Pinheiro.
Em Coimbra está previsto encerrar a agência Arnado na Avenida Fernão de Magalhães e em Ílhavo a agência da Gafanha da Nazaré.
Na região do Porto vão fechar portas os balcões do Amial, na Praça 9 de Abril, a do Parque de S. João, na Estada da Circunvalação, e a de Lordelo, na Rua de Campo Alegre, todas na Invicta. Fora da cidade vão fechar os balcões de Geifães, na Maia, e a de Lobão.