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CGD multiplica lucros para 496 milhões em 2018

Os lucros do banco liderado por Paulo Macedo quase multiplicaram por dez face aos 52 milhões de euros que registou no mesmo período do ano passado.

Duarte Roriz/Correio da Manhã
01 de Fevereiro de 2019 às 17:13
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A Caixa Geral de Depósitos (CGD) consolidou o regresso aos lucros no ano passado. Registou nesse período um resultado positivo de 496 milhões de euros, em comparação com os 52 milhões registados no mesmo período do ano anterior.

Esta evolução, antecipa Rui Vilar, permitiu ao banco estatal "regressar à remuneração acionista". Em causa poderão estar dividendos na ordem dos 200 milhões de euros. 

 

A ajudar este resultado esteve a margem financeira, que cresceu 2,1% face a 2017, alcançando 731 milhões de euros. Já a margem financeira consolidada recuou 2,9% para 1.204,8 milhões de euros, "fortemente afetada por efeitos cambiais adversos em Angola e Macau", refere o banco. Já as comissões subiram 2%.

 

Quanto ao produto bancário consolidado, este foi "fortemente impactado pela já esperada redução dos resultados de operações financeiras, dada a elevada expressão que registaram em 2017", passando de 2.015 milhões de euros para 1.786 milhões de euros no ano passado. 

 

A qualidade dos ativos continuou a melhorar. O rácio de NPL do grupo CGD atingiu 8,5%, com uma cobertura por imparidades e por colateral de 63,5% e 52,4% respetivamente (cobertura total de 115,8%). Uma melhoria que se deveu sobretudo às vendas de carteiras de malparado, referiu o administrador José Brito, durante a conferência de imprensa de apresentação de resultados.

 

Olhando para os rácios de capital, o rácio CET1, totalmente implementado, situou-se nos 14,7%.

 

Os custos de estrutura consolidados recuaram 9,3% para 1.000,9 milhões de euros. Excluindo os itens não recorrentes relacionados com a implementação do plano estratégico, "a redução homóloga dos custos de estrutura foi de 11,1%, transversal a todas as rubricas, confirmando a trajetória de racionalização operacional do grupo CGD".

 

"A redução do número de trabalhadores e de agências contribui para esta diminuição dos custos", refere o administrador José Brito, "em linha com o que estava definido no plano estratégico do banco estatal". 

O número de colaboradores da CGD passou de 8.321 para 7.675 entre 2017 e 2018. Ou seja, recuou em 646. Quanto às agências, foram encerrados 65 balcões ao longo do mesmo período.  

 

(Notícia atualizada às 17:48 com mais informação)

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