Notícia
"Certamente a incerteza não ajuda" em processos como o IPO do Novo Banco
Luís Ribeiro, administrador do Novo Banco, admite que a instabilidade provocada pela crise pode ser um fator negativo na venda. BCP antecipa que a nova almofada de capital exigida pelo supervisor não impeça dividendos.
O Novo Banco admite que a instabilidade pode ter efeitos negativos na venda da instituição. "O Novo Banco está a fazer o seu trabalho para apresentar os resultados que temos tido", garantiu o administrador Luis Ribeiro na conferência "Banca do Futuro" organizada pelo Jornal de Negócios.
Questionado sobre os potenciais efeitos do contexto atual na operação, Ribeiro lembrou que os últimos IPO "não correram como esperado. Nenhum investidor gosta de incerteza, a incerteza tem um custo". "Certamente a incerteza não ajuda nestes processos", admitiu.
Nova almofada de risco de crédito
Os representantes dos cinco maiores bancos nacionais foram também questionados sobre a nova almofada de capital exigida pelo supervisor (de 4% do valor total da carteira de crédito que tenha imóveis como garantia).
Francisco Barbeira, administrador do BPI, respondeu que "a banca tem de estar preparada para ciclos económicos e para fazer investimento", mas realçou que tem "muito mais custos de regulação e controlo de riscos".
Miguel Maya, do BCP, não entende que a nova almofada represente um excesso de cautela e garante que o banco não vai mudar a estratégia por causa dela: "No caso do BCP não vai alterar absolutamente nada – nem dividendos nem investimentos – porque já temos isso incorporado", assegurou.
O Novo Banco, por seu turno, ficará "no limite inferior" do intervalo apontado pelo Banco de Portugal e que varia entre 50 e 150 milhões de euros por instituição. "O banco está muito capitalizado", reforçou o administrador Luís Ribeiro.
Questionado sobre os potenciais efeitos do contexto atual na operação, Ribeiro lembrou que os últimos IPO "não correram como esperado. Nenhum investidor gosta de incerteza, a incerteza tem um custo". "Certamente a incerteza não ajuda nestes processos", admitiu.
Os representantes dos cinco maiores bancos nacionais foram também questionados sobre a nova almofada de capital exigida pelo supervisor (de 4% do valor total da carteira de crédito que tenha imóveis como garantia).
Francisco Barbeira, administrador do BPI, respondeu que "a banca tem de estar preparada para ciclos económicos e para fazer investimento", mas realçou que tem "muito mais custos de regulação e controlo de riscos".
Miguel Maya, do BCP, não entende que a nova almofada represente um excesso de cautela e garante que o banco não vai mudar a estratégia por causa dela: "No caso do BCP não vai alterar absolutamente nada – nem dividendos nem investimentos – porque já temos isso incorporado", assegurou.
O Novo Banco, por seu turno, ficará "no limite inferior" do intervalo apontado pelo Banco de Portugal e que varia entre 50 e 150 milhões de euros por instituição. "O banco está muito capitalizado", reforçou o administrador Luís Ribeiro.