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CDS já entregou pedido para nova comissão de inquérito à CGD
No pedido entregue na Assembleia da República, o CDS explica que quer que sejam analisados os factos que fundamentaram a necessidade de recapitalização do banco, mas também apurar as práticas de gestão na cedência de crédito.
O CDS-PP já entregou o pedido para a realização de uma nova comissão parlamentar de inquérito à situação da Caixa Geral de Depósitos (CGD). O objetivo, de acordo com os deputados centristas, é que sejam analisados os factos que fundamentaram a necessidade de recapitalização do banco, mas também apurar as práticas de gestão na cedência de crédito.
"Os deputados abaixo-assinados do Grupo Parlamentar do CDS-PP requerem (...) a constituição imediata e obrigatória de uma Comissão Parlamentar de Inquérito à Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e à Gestão do Banco, que deverá funcionar pelo prazo mais curto que permita cumprir os seus objetivos, não ultrapassando os 120 dias", pode ler-se no pedido que já foi entregue na Assembleia da República.
O CDS-PP tem acusado os partidos de esquerda de, há cerca de dois anos, terem acabado com a comissão de inquérito antes de chegar àquela comissão a auditoria que agora vai ser enviada.
Agora, com a nova comissão (e o envio da auditoria ao Parlamento), o partido pretende "apurar as práticas da gestão" do banco estatal relativamente à "concessão e gestão de crédito desde o ano de 2000". Isto depois de as conclusões preliminares da auditoria da EY a 15 anos de gestão da CGD terem revelado que o banco emprestou dinheiro em montantes elevados, mesmo perante pareceres desfavoráveis ou na ausência de qualquer posição da Direção de Risco.
Por fim, o CDS quer ainda "averiguar as contradições entre as declarações proferidas nas audições" da primeira comissão de inquérito.
Além do CDS-PP, também o Bloco de Esquerda manifestou, na conferência de líderes, a intenção de apresentar uma proposta de inquérito "durante o dia de hoje". Segundo o porta-voz da conferência, o social-democrata Duarte Pacheco, ficou acordado que estes partidos – PSD e PCP não tomaram posição – tentarão chegar a um texto o "mais abrangente possível, para evitar a profusão de iniciativas" sobre o mesmo tema.
Depois de recebidas as propostas, o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, agendará formalmente a discussão sobre a comissão.