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Carlos Costa: Instituições que receberam apoio estatal eram solventes
"Nenhuma das instituições que beneficiaram da entrada de capital público - BCP, BPI e Banif -tinha, antes da operação de capitalização, capitais próprios negativos", sublinhou Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, na comissão parlamentar de Orçamento e Finanças. O apoio público resultou do aumento das exigências de solvabilidade, recordou.
O banqueiro central sublinhou ainda que os planos de negócio "estão definidos de forma a garantir que os accionistas privados têm um incentivo claro a reembolsar os fundos públicos com a maior brevidade possível, até porque o custo associado ao financiamento público é muito maior ao que seria num contexto de normalização do acesso ao mercado". "As soluções seguidas foram as que melhor acautelaram os interesses dos contribuintes ", justificou Carlos Costa.
Como revelara antes o governador, as "necessidades de capital resultaram dos requisitos mais exigentes impostos pelo Banco de Portugal e Autoridade Bancária Europeia (EBA), responsáveis por 85% das necessidades, e do aumento das imparidades, associado à deterioração da situação macroeconómica e ao rigoroso escrutínio da qualidade da carteira de crédito promovido pelo Banco de Portugal".
