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Carlos Costa: Venda do Novo Banco é um "marco para o sistema financeiro"

O governador do Banco de Portugal admite um "complexo processo" de negociações para a alienação do Novo Banco à Lone Star. Mas fala em "passo decisivo" para a economia nacional.

Sara Matos
18 de Outubro de 2017 às 12:16
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O governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, considera que a alienação do Novo Banco à Lone Star, por 750 milhões de euros, é um "marco" para a economia portuguesa.

"A venda do Novo Banco constitui um passo decisivo no reforço da estabilidade do sector bancário nacional", disse o governador esta quarta-feira, 18 de Outubro, no evento em que foi assinada a venda de 75% do Novo Banco, herdeiro do Banco Espírito Santo, na sede do Banco de Portugal.

Carlos Costa repetiu, na sua intervenção, esta ideia várias vezes: "É um marco para o sistema financeiro português"; "O sector bancário nacional está hoje melhor preparado para fornecer o financiamento necessário ao financiamento da economia portuguesa". Não houve direito a perguntas, como já tinha sido anunciado aquando da convocatória para a cerimónia.

A cerimónia de venda de 75% do Novo Banco realizou-se mais de três anos e dois meses depois da constituição da instituição financeira, na sequência da medida de resolução aplicada ao BES. Com a venda, entram já 750 milhões de euros, e 250 milhões de euros adicionais até ao final do ano. A venda é, em si, feita por zero euros.

A transacção "encerra um complexo processo de negociações com o novo accionista, com as instituições europeias, em estreita colaboração com o Governo". Este foi o segundo processo de alienação do Novo Banco, já que o primeiro tinha falhado, ainda em 2015. "Foi um desfecho bem sucedido de processo de venda que foi aberto, transparente e concorrencial", considerou o governador, acrescentando que as entidades europeias escrutinaram "estritamente e continuamente" a transacção.

Carlos Costa considerou que a medida de resolução, que esteve em vigor desde 3 de Agosto de 2014, funcionou na medida do possível, já que foi "assegurada a continuidade, preservou-se a capacidade de financiamento às empresas e às famílias, e minimizou-se o encargo para o erário público e para o sector bancário, tanto quanto foi permitido". "O resultado contribui para a melhoria da percepção interna e externa", argumentou.

O Novo Banco fica, agora, diz o governador, com capacidade para implementar o seu plano de negócios.

Carlos Costa foi uma das personalidades que, na cerimónia, assinou o documento de transmissão de acções, ao lado de Donald Quintin, representante da Lone Star, e de Luís Máximo dos Santos, vice-governador e responsável do Fundo de Resolução, que vende 75% do Novo Banco, mas fica ainda com uma posição de 25%.
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