Notícia
Caixa retém dividendos e não paga bónus, por agora
Paulo Macedo, presidente da CGD, esclarece que não haverá uma proposta para distribuir dividendos na próxima assembleia-geral. Irá também aconselhar a que não sejam pagos bónus aos gestores.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) vai propor que, na próxima assembleia-geral, não haja distribuição de bónus e que os dividendos fiquem retidos. A garantia foi dada por Paulo Macedo, esta quarta-feira, na comissão de Orçamento e Finanças. O Estado ainda poderá, contudo, reclamar a remuneração a qualquer momento.
A Caixa "tinha condições para distribuir dividendos", começou por dizer Paulo Macedo aos deputados, numa audição realizada por requerimento do CDS. Ainda assim, "na próxima assembleia-geral não haverá proposta para distribuição de dividendos". A proposta é que este dinheiro seja aplicado para reservas, que seja retido, explicou o gestor. O banco ia entregar 300 milhões dee euros ao acionista Estado.
Porém, "o assunto não fica fechado". O Estado "nunca perde o direito" a reclamar os dividendos, podendo realizar, a qualquer momento, uma assembleia-geral para este fim único, dependendo da evolução da crise e o seu impacto no banco.
Além da CGD, também o BPI, o BCP e o Santander decidiram no mesmo sentido, de não distribuir dividendos aos seus acionistas, seguindo aquela que foi a recomendação do Banco Central Europeu.
Caixa suspende pagamento de bónus
Além da retenção do pagamento de dividendos, a CGD vai também aconselhar, na próxima assembleia-geral, que a distribuição de bónus seja adiada para os administradores da comissão executiva. Paulo Macedo, CEO do banco estatal, afirma que irá abdicar do valor integral do prémio.
"Iremos aconselhar que não haja atribuição" de prémios na assembleia-geral. Isto apesar de "o banco ter registado, no ano passado, um resultado de 760 milhões de euros", salientou Paulo Macedo na comissão de Orçamento e Finanças, numa audição realizada a pedida do CDS.
"Deve haver uma postecipação [da decisão em torno do pagamento dos prémios] em relação aos resultados do ano passado, e que são dos melhores da Caixa", referiu o presidente do banco estatal, notando que, "no meu caso, abdicarei do valor do prémio integral".
Em relação aos outros administradores e os trabalhadores, "o que nós aconselharemos é um diferimento e uma redução".
Além de Paulo Macedo, os deputados chamaram ainda ao Parlamento os responsáveis do BPI, BCP, Santander e do Novo Banco. O objetivo foi perceber como estão a funcionar as medidas que estão a ser adotadas para ajudar as famílias e empresas afetadas pela pandemia, bem como o papel dos bancos nesta crise.
(Notícia atualizada às 13h09.)
A Caixa "tinha condições para distribuir dividendos", começou por dizer Paulo Macedo aos deputados, numa audição realizada por requerimento do CDS. Ainda assim, "na próxima assembleia-geral não haverá proposta para distribuição de dividendos". A proposta é que este dinheiro seja aplicado para reservas, que seja retido, explicou o gestor. O banco ia entregar 300 milhões dee euros ao acionista Estado.
Além da CGD, também o BPI, o BCP e o Santander decidiram no mesmo sentido, de não distribuir dividendos aos seus acionistas, seguindo aquela que foi a recomendação do Banco Central Europeu.
Caixa suspende pagamento de bónus
Além da retenção do pagamento de dividendos, a CGD vai também aconselhar, na próxima assembleia-geral, que a distribuição de bónus seja adiada para os administradores da comissão executiva. Paulo Macedo, CEO do banco estatal, afirma que irá abdicar do valor integral do prémio.
"Iremos aconselhar que não haja atribuição" de prémios na assembleia-geral. Isto apesar de "o banco ter registado, no ano passado, um resultado de 760 milhões de euros", salientou Paulo Macedo na comissão de Orçamento e Finanças, numa audição realizada a pedida do CDS.
"Deve haver uma postecipação [da decisão em torno do pagamento dos prémios] em relação aos resultados do ano passado, e que são dos melhores da Caixa", referiu o presidente do banco estatal, notando que, "no meu caso, abdicarei do valor do prémio integral".
Em relação aos outros administradores e os trabalhadores, "o que nós aconselharemos é um diferimento e uma redução".
Além de Paulo Macedo, os deputados chamaram ainda ao Parlamento os responsáveis do BPI, BCP, Santander e do Novo Banco. O objetivo foi perceber como estão a funcionar as medidas que estão a ser adotadas para ajudar as famílias e empresas afetadas pela pandemia, bem como o papel dos bancos nesta crise.
(Notícia atualizada às 13h09.)