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Buraco do BES "mau" alarga para quase o triplo desde resolução em 2014

O capital próprio do banco é negativo em 7,42 mil milhões de euros, ou seja, quase o triplo face ao que era o buraco em 2014. O Supremo Tribunal de Justiça irá decidir se banca fica com tudo o que resta do BES.

O BES foi alvo de resolução em 2014.
15 de Maio de 2023 às 09:31
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O BES "mau" aumentou o buraco, depois de prejuízos de 255 milhões de euros no ano passado, para quase o triplo desde que foi aplicada a medida de resolução no verão de 2014, avança, esta segunda-feira, o Eco.

Segundo o económico, o passivo da instituição, que se encontra em processo de liquidação, atingiu os 7,6 mil milhões de euros no final do ano passado, o que corresponde praticamente ao resultado líquido negativo registado no ano passadom, enquanto o ativo voltou a diminuir passando para 171,6 milhões de euros.

Assim, o capital próprio do banco é negativo em 7,42 mil milhões de euros, ou seja, quase o triplo face ao que era o buraco em 2014, na ordem dos 2,6 mil milhões.

Supremo chamado a decidir quem fica com o resto da liquidação do BES

O Supremo Tribunal de Justiça vai ser chamado a decidir se o Fundo de Resolução tem direito a receber quase tudo o irá restar da liquidação do Banco Espírito Santo (BES), o que deixaria sem ressarcimento os restantes cerca de 5 mil credores, noticia, esta segunda-feira, o Expresso.

De acordo com o semanário, que cita o relatório e contas do BES relativo a 2022, tal acontece depois de a Comissão Liquidatária ter recorrido da sentença da Relação de Lisboa ao abrigo da qual o Fundo de Resolução, que é suportado pelas contribuições dos bancos, pode reclamar junto do BES "mau" as verbas injetadas no Novo Banco.

"Se o Supremo Tribunal de Justiça mantiver o entendimento dos restantes tribunais, todo o património da massa insolvente do BES responderá prioritariamente ao Fundo de Resolução, podendo correr alterações significativas no decorrer do processo de liquidação, nomeadamente no que respeita ao apenso da verificação dos créditos", refere o documento, em que se explica que uma das razões para a Comissão Liquidatária ter avançado com o recurso, o que aconteceu em fevereiro, foi o facto de os juízes da Relação não terem sido unânimes, já que houve uma declaração de voto.
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