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BPI recebeu 800 candidaturas para saídas voluntárias

O plano de emagrecimento do BPI, actualmente detido pelo CaixaBank, apontava a saída de 400 trabalhadores, 50 por saídas voluntárias e 350 por reformas antecipadas. As candidaturas pulverizaram essa meta: foram 800, escreve o i.

Miguel Baltazar
06 de Julho de 2017 às 11:58
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O BPI planeava dispensar 50 trabalhadores através de rescisões por mútuo acordo e 350 através de reformas antecipadas. Até final do ano, o objectivo era que saíssem 400 trabalhadores. Porém, os funcionários do banco aderiram em massa e foram apresentadas 800 candidaturas para deixar o banco de forma voluntária, escreve o i na edição desta quinta-feira, com base em números divulgados pelos sindicatos do sector.

 

Dada a adesão considerável às saídas por mútuo acordo, o banco deverá agora mudar a distribuição de trabalhadores a dispensar e, no limite, o BPI admite que o número total de saídas possa mesmo ultrapassar os 400 bancários, como o Negócios já tinha avançado.

 

O número de funcionários a sair de forma voluntária através de rescisões negociadas deve ultrapassar os 50 inicialmente previstos. E os 350 trabalhadores que deveriam sair através de reforma antecipada deverão ser reduzidos, adianta o i. O banco terá de fazer uma selecção rigorosa de quem pode ou não sair.

 

O banco oferecia 2,5 salários por cada ano de trabalho a quem aderisse à rescisão amigável, mas a saída não dava direito a usufruir do subsídio de desemprego. Apesar disso, quem abandonasse a instituição poderia manter o subsistema de saúde dos bancários, o SAMS, e as condições mais vantajosas nos créditos que tivessem sido contratados com o banco.

 

Quando avançou com a Oferta Pública de Aquisição ao BPI (que lhe permitiu passar de 45,5% do capital banco para 84,52%), o CaixaBank apontava a saída de 900 trabalhadores, vindo depois o presidente do banco catalão a dizer que esse número era apenas indicativo. Paulo Marcos, presidente do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) mostra-se surpreendido com a adesão e diz ao jornal que essa meta poderá, afinal, ser atingida "muito mais cedo" do que estava previsto, que era "em três anos".

Ao Negócios, Paulo Marcos já havia antecipado que a adesão às saídas do BPI tinha superado as previsões.

 

Rui Riso, presidente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI), garante ao i que a meta de redução de 900 trabalhadores está já a ser cumprida e que o banco "deve interrogar-se por que é que tantos trabalhadores" querem sair. "Isto é reflexo da instabilidade vivida no BPI", diagnostica.

CGD não atinge meta de pré-reformas

O i falou também com o presidente do sindicato dos trabalhadores da CGD, João Lopes. O banco público também lançou um plano de redução de trabalhadores através reformas antecipadas, mas não conseguiu atingir o objectivo. "A administração tinha como meta a saída de 550 trabalhadores" mas "não conseguiu atingir esse número", assegura o sindicalista.

Actualmente está em curso o programa de rescisões amigáveis.

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