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Botín diz que Santander não quer só crescer em quota
Ana Botín acredita que, apesar de menos rentável, há oportunidades no futuro da banca. O grupo espanhol está a reavaliar a sua transformação. "O nosso objectivo é agora o crescimento orgânico rentável".
A presidente do Santander, Ana Botín, afirmou que o grupo espanhol quer continuar a crescer. Mas não apenas através de aquisições que aumentem o seu mercado.
"Já não pensamos em crescimento puramente em termos de quota de mercado ou activos. O nosso objectivo é agora o crescimento orgânico rentável, transformando o nosso modelo comercial, o que nos permitirá maximizar o nosso lucro por acção", assinalou a responsável, em Madrid, na conferência internacional da banca, segundo cita um comunicado do banco.
Apesar da reestruturação que fez a nível global, o grupo espanhol tem avançado a ideia de que quer comprar outros bancos – esteve, aliás, na corrida pelo Novo Banco em Portugal. António Vieira Monteiro, presidente do Santander Totta, já defendeu que há espaço e está atento a oportunidades de consolidação.
"Internamente, estamos a transformar a nossa organização, a reavaliar como operamos o banco e as fontes das nossas receitas", disse a responsável.
Em relação à banca, Ana Botín mostrou-se mais optimista do que o que esperava há uns anos. "O futuro não é o que parecia ser nos anos mais obscuros da crise", defendeu a empresária no banco há mais de um ano.
Mas as coisas vão mudar: "No entanto, o futuro já não é aquilo que era. A verdade é que apesar dos esforços da banca, não é possível alcançar os níveis de rentabilidade anteriores à crise. A boa notícia é que estamos mais perto do fim do que do início deste ciclo que começou com a crise financeira", disse.