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Banca nacional deverá registar das maiores quebras na margem financeira a nível europeu

Morningstar DBRS alerta que a inversão no ciclo de juros vai castigar mais as margens da banca em Portugal, Grécia e Irlanda. Ainda assim, admite que os resultados continuarão sólidos.

A DBRS subiu, em julho, a notação do país para “A”, o sexto nível mais elevado, com perspetiva “estável”.
D.R.
13 de Novembro de 2024 às 11:24
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Após um anos marcados por fortes resultados, com os juros elevados do Banco Central Europeu a puxarem pela margem financeira da banca, catapultando os lucros, o cenário vai mudar em 2025. A Morningstar DBRS vê o setor financeiro português, o grego e o irlandês a registar as maiores quedas na margem financeira do sistema europeu com a inversão do ciclo de taxas na Zona Euro.

"Em 2025, prevemos uma quebra na margem financeira, à medida que o ritmo de cortes nas taxas continua, reduzindo ainda mais as margens, um movimento que será parcialmente compensado por maiores volumes de empréstimos", refere a Morningstar DBRS numa nota para o sistema financeiro europeu. O BCE tem vindo a cortar a taxa de referência que está, atualmente, nos 3,25%, sendo esperadas novas descidas.

É neste sentido que, salienta, antecipa que "os bancos que mais beneficiaram das subidas das taxas de juros sejam aqueles que registem as maiores quebras de 2025 em diante". E neste grupo, a Morningstar DBRS faz mira à banca nacional, que tem grande parte da sua carteira de crédito exposta a taxas variáveis.

"Os bancos em países como Portugal, Grécia e Irlanda vão, provavelmente, apresentar as maiores quebras anuais em termos de margem financeira em 2025", refere a nota publicada esta quarta-feira. Os bancos espanhóis e os italianos surgem logo atrás na lista dos mais penalizados neste novo ciclo.

A Morningstar DBRS, que antecipa novos cortes na taxa do BCE, salienta, no entanto, o cenário mantém-se positivo para a banca. "O impacto da quebra na margem poderá ser aliviado e adiado", diz, acrescentando que neste sentido, e apesar da natural "redução nos lucros, prevemos que a margem financeira estruturalmente elevada nos bancos destes países será mantida".

"Prevemos que os bancos mantenham uma rentabilidade sólida comparativamente ao período em que as taxas de juro foram negativos", remata a Morningstar DBRS.

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