Notícia
Alvarez & Marsal elege BPI como o banco com o melhor desempenho em 2022
Análise da consultora ao sistema financeiro português conclui que dos sete maiores bancos, o BPI foi o que obteve a melhor avaliação em vários critérios que incluem, entre outros, custo do risco, eficiência e liquidez.
A Alvarez & Marsal considera que em 2022 o BPI teve o melhor desempenho entre os sete maiores bancos que operam em Portugal.
A consultora que neste ano iniciou atividade em território nacional, publicou o relatório "Pulso da Banca 2022", no qual faz uma análise detalhada da atividade das instituições financeiras. A comparação é feita apenas na atividade doméstica, para permitir a comparação entre os vários bancos, independentemente de terem ou não atividade internacional. As instituições consideradas são a Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, BPI, Santander, Novo Banco, Caixa de Crédito Agrícola e Banco Montepio.
Na análise, a Alvarez & Marsal analisa diversos critérios, atribuindo uma classificação ponderada a cada um. As notas variam de 1 (a melhor) a 4 (a pior) e tendo em conta seis categorias (crescimento, liquidez, receitas e custo operacional, risco, rentabilidade e capital), a consultora entende que foi o BPI, com uma avaliação de 1,4, seguido da Caixa Geral de Depósitos e do Santander, ambos com 1,5.
As "notas" mais baixas foram as do do BCP (2 pontos) e do Banco Montepio (2,5 pontos).
O BPI teve a melhor classificação em vários destes critérios do "scoreboard", como o crescimento (que pondera em simultâneo os créditos e depósitos), a liquidez (tendo a nota máxima ex-aequo com a CGD, o BCP e o Crédito Agrícola), receitas e custo operacional (que inclui, entre outros aspetos, a margem financeira) e custo do risco (indicador que contabiliza o crédito malparado e respetiva cobertura e no qual "empatou" com a Caixa e Santander).
Na rendibilidade o Santander e o Novo Banco tiveram a melhor classificação.
Quanto ao capital (que inclui os rácios CET 1 e de alavancagem), o destaque foi para a Caixa Geral de Depósitos e para o Crédito Agrícola, que obtiveram a classificação máxima.
Desempenho positivo do setor
Olhando para o sistema financeiro nacional como um todo, a consultora considera que o riso diminuiu, apontando a "forte liquidez da banca apoiada no crescimento da rendibilidade".
Esse critério, aliás, foi um dos que mais melhorou nos bancos portugueses em 2022: a rendibilidade (ROE, sigla inglesa para a expressão "return on equity) subiu 4,1 pontos percentuais entre 2021 e 2022, atingindo 9,3%. A consultora entende, aliás, que o indicador deverá continuar a aumentar em 2023. Dos sete bancos analisados, seis melhoraram o ROE. A exceção foi o Crédito Agricola, com uma descida de 1 ponto percentual.
A Alvarez & Marsal foi fundada em Nova Iorque em 1983. Hoje tem 7.500 trabalhadores em todo o mundo. Tem 77 escritórios em 34 países. Trabalhou na reestruturação do Lehman Brithers depois do colapso de 2008.
Questionados sobre o cenário de consolidação em Portugal, um dos autores do estudo, Eduardo Areliza, afirmou apenas que "os bancos mais pequenos são classicamente os que podem estar mais interessados em consolidar", e colocou a Caixa Geral de Depósitos fora desse cenário: "tem menos hipótese de integrar o movimento, é o maior, com maior quota de mercado", indicou.
Areliza foi acompanhado na apresentação do estudo por Mário Trinca, que lidera a atividade da consultora norte-americana em Portugal e tem António Ramalho, ex-CEO do Novo Banco, como consultor sénior.
A consultora que neste ano iniciou atividade em território nacional, publicou o relatório "Pulso da Banca 2022", no qual faz uma análise detalhada da atividade das instituições financeiras. A comparação é feita apenas na atividade doméstica, para permitir a comparação entre os vários bancos, independentemente de terem ou não atividade internacional. As instituições consideradas são a Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, BPI, Santander, Novo Banco, Caixa de Crédito Agrícola e Banco Montepio.
As "notas" mais baixas foram as do do BCP (2 pontos) e do Banco Montepio (2,5 pontos).
O BPI teve a melhor classificação em vários destes critérios do "scoreboard", como o crescimento (que pondera em simultâneo os créditos e depósitos), a liquidez (tendo a nota máxima ex-aequo com a CGD, o BCP e o Crédito Agrícola), receitas e custo operacional (que inclui, entre outros aspetos, a margem financeira) e custo do risco (indicador que contabiliza o crédito malparado e respetiva cobertura e no qual "empatou" com a Caixa e Santander).
Na rendibilidade o Santander e o Novo Banco tiveram a melhor classificação.
Quanto ao capital (que inclui os rácios CET 1 e de alavancagem), o destaque foi para a Caixa Geral de Depósitos e para o Crédito Agrícola, que obtiveram a classificação máxima.
Desempenho positivo do setor
Olhando para o sistema financeiro nacional como um todo, a consultora considera que o riso diminuiu, apontando a "forte liquidez da banca apoiada no crescimento da rendibilidade".
Esse critério, aliás, foi um dos que mais melhorou nos bancos portugueses em 2022: a rendibilidade (ROE, sigla inglesa para a expressão "return on equity) subiu 4,1 pontos percentuais entre 2021 e 2022, atingindo 9,3%. A consultora entende, aliás, que o indicador deverá continuar a aumentar em 2023. Dos sete bancos analisados, seis melhoraram o ROE. A exceção foi o Crédito Agricola, com uma descida de 1 ponto percentual.
A Alvarez & Marsal foi fundada em Nova Iorque em 1983. Hoje tem 7.500 trabalhadores em todo o mundo. Tem 77 escritórios em 34 países. Trabalhou na reestruturação do Lehman Brithers depois do colapso de 2008.
Questionados sobre o cenário de consolidação em Portugal, um dos autores do estudo, Eduardo Areliza, afirmou apenas que "os bancos mais pequenos são classicamente os que podem estar mais interessados em consolidar", e colocou a Caixa Geral de Depósitos fora desse cenário: "tem menos hipótese de integrar o movimento, é o maior, com maior quota de mercado", indicou.
Areliza foi acompanhado na apresentação do estudo por Mário Trinca, que lidera a atividade da consultora norte-americana em Portugal e tem António Ramalho, ex-CEO do Novo Banco, como consultor sénior.