Notícia
Sindicato: Autoeuropa podia pagar totalidade dos salários apesar da retoma parcial da produção
Os trabalhadores da Autoeuropa regressaram na segunda-feira ao trabalho depois de uma paragem de produção forçada de quatro semanas devido à falta de peças, mas, para já, vão trabalhar apenas de segunda a quinta-feira.
03 de Outubro de 2023 às 17:45
O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul, (SITE-Sul) defendeu esta terça-feira que a administração da Autoeuropa, em Palmela, podia repor a totalidade dos salários aos seus trabalhadores, apesar da retoma parcial da produção.
"A administração da Volkswagen tem condições para repor no imediato o valor correspondente ao corte salarial de 5% e garantir a totalidade da remuneração mensal (salário, subsídio de turno e de alimentação, complemento de fim de semana e prémios) no período de `lay-off´, assumindo assim a sua responsabilidade social numa situação alheia aos trabalhadores", refere um comunicado da comissão sindical do SITE-Sul na fábrica de Palmela, no distrito de Setúbal.
No documento, os sindicalistas consideram que o único responsável pela paragem forçada da Autoeuropa, que só retomou a produção parcial na passada segunda-feira, "é o Grupo Volkswagen pela sua forma de gestão ao nível da logística e aprovisionamento" e defendem que a Volkswagen "deveria também garantir a totalidade dos salários a todos os trabalhadores das empresas fornecedoras penalizados com cortes salariais devido ao recurso ao `lay-off´".
"O processo de `lay-off', a que a administração da Autoeuropa recorreu e aplicou, traduz-se apenas e só numa penalização dos rendimentos, emprego dos trabalhadores e no financiamento da Volkswagen através de fundos da Segurança Social, que não podemos esquecer também é dinheiro de todos os trabalhadores portugueses", salienta a comissão sindical do SITE-Sul.
"Apesar do arranque da produção, a administração mantém o `lay-off', através da redução do horário de trabalho na forma mais penalizadora para os trabalhadores ao nível do seu rendimento mensal, quando estes mais precisam para enfrentar o aumento do custo de vida, mantendo a normal e penosa rotação dos turnos e suspendendo o trabalho ao fim de semana e respetiva compensação monetária, numa clara forma economicista para a empresa", acrescenta o comunicado.
Os sindicalistas do SITE-Sul referem ainda que a Autoeuropa "impôs unilateralmente o trabalho ao fim de semana a partir de 2017", mas que tem sido suspenso por diversas vezes por variados motivos e questionam se o trabalho ao fim de semana será mesmo uma necessidade da empresa.
Os trabalhadores da Autoeuropa regressaram na segunda-feira ao trabalho depois de uma paragem de produção forçada de quatro semanas devido à falta de peças, mas, para já, vão trabalhar apenas de segunda a quinta-feira, com três turnos de segunda a quarta-feira, e o turno da noite à quinta-feira.
A fábrica da Volkswagen em Palmela foi obrigada a suspender temporariamente a produção devido à falta de uma peça produzida numa fábrica da Eslovénia, que foi fortemente afetada pelas cheias que ocorreram naquele país no passado mês de agosto.
Inicialmente estava previsto que a paragem de produção, que teve início em 11 de setembro, se prolongasse até 12 de novembro, mas a Volkswagen garantiu, entretanto, o fornecimento da peça em falta junto de um fornecedor espanhol e outro chinês, o que lhe permitiu antecipar o regresso ao trabalho para a passada segunda-feira, ainda que parcialmente.
A paragem de produção afetou os cerca de cinco mil trabalhadores da fábrica de automóveis e muitos mais de empresas fornecedoras, incluindo as empresas que estão no Parque Industrial da Autoeuropa, algumas totalmente dependentes da produção da fábrica da Volkswagen.
"A administração da Volkswagen tem condições para repor no imediato o valor correspondente ao corte salarial de 5% e garantir a totalidade da remuneração mensal (salário, subsídio de turno e de alimentação, complemento de fim de semana e prémios) no período de `lay-off´, assumindo assim a sua responsabilidade social numa situação alheia aos trabalhadores", refere um comunicado da comissão sindical do SITE-Sul na fábrica de Palmela, no distrito de Setúbal.
"O processo de `lay-off', a que a administração da Autoeuropa recorreu e aplicou, traduz-se apenas e só numa penalização dos rendimentos, emprego dos trabalhadores e no financiamento da Volkswagen através de fundos da Segurança Social, que não podemos esquecer também é dinheiro de todos os trabalhadores portugueses", salienta a comissão sindical do SITE-Sul.
"Apesar do arranque da produção, a administração mantém o `lay-off', através da redução do horário de trabalho na forma mais penalizadora para os trabalhadores ao nível do seu rendimento mensal, quando estes mais precisam para enfrentar o aumento do custo de vida, mantendo a normal e penosa rotação dos turnos e suspendendo o trabalho ao fim de semana e respetiva compensação monetária, numa clara forma economicista para a empresa", acrescenta o comunicado.
Os sindicalistas do SITE-Sul referem ainda que a Autoeuropa "impôs unilateralmente o trabalho ao fim de semana a partir de 2017", mas que tem sido suspenso por diversas vezes por variados motivos e questionam se o trabalho ao fim de semana será mesmo uma necessidade da empresa.
Os trabalhadores da Autoeuropa regressaram na segunda-feira ao trabalho depois de uma paragem de produção forçada de quatro semanas devido à falta de peças, mas, para já, vão trabalhar apenas de segunda a quinta-feira, com três turnos de segunda a quarta-feira, e o turno da noite à quinta-feira.
A fábrica da Volkswagen em Palmela foi obrigada a suspender temporariamente a produção devido à falta de uma peça produzida numa fábrica da Eslovénia, que foi fortemente afetada pelas cheias que ocorreram naquele país no passado mês de agosto.
Inicialmente estava previsto que a paragem de produção, que teve início em 11 de setembro, se prolongasse até 12 de novembro, mas a Volkswagen garantiu, entretanto, o fornecimento da peça em falta junto de um fornecedor espanhol e outro chinês, o que lhe permitiu antecipar o regresso ao trabalho para a passada segunda-feira, ainda que parcialmente.
A paragem de produção afetou os cerca de cinco mil trabalhadores da fábrica de automóveis e muitos mais de empresas fornecedoras, incluindo as empresas que estão no Parque Industrial da Autoeuropa, algumas totalmente dependentes da produção da fábrica da Volkswagen.