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Dinamarca cai na venda de carros eléctricos. A culpa é dos impostos

No Outono de 2015, o governo dinamarquês retirou uma isenção sobre a importação de veículos eléctricos. O reflexo fez-se sentir na subida dos preços e na queda das vendas.

Bloomberg
02 de Junho de 2017 às 10:54
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As vendas de carros eléctricos na Dinamarca caíram 60,5% no primeiro trimestre deste ano, em termos homólogos.

Os dados da Associação Europeia de Fabricantes Automóveis (ACEA, na sigla inglesa) mostram que este país pioneiro segue em sentido inverso à tendência.


A vizinha Suécia regista uma evolução positiva de 80%. Já a União Europeia no seu todo vê as vendas de eléctricos crescer 30%.


Em 2015, por exemplo, os dinamarqueses compraram 5.298 carros eléctricos. Foi mais do que o dobro de Itália, cuja população é dez vezes maior que a da Dinamarca, compara a agência Bloomberg.


Porquê então a quebra? Uma alteração fiscal. Os vendedores de carros eléctricos eram poupados a uma taxa de importação de 180%, que se aplica aos motores ditos tradicionais.


No Outono de 2015, o governo liberal de Lars Lokke Rasmussen anunciou uma retirada progressiva deste benefício até 2020, por restrições no orçamento. A marca Tesla, cujas vendas disparavam na altura, veio logo alertar para os efeitos negativos.


O novo regime "matou completamente o mercado", resume Laerke Flader da Aliança Dinamarquesa do Carro Eléctrico à Bloomberg. A responsável lembra que, neste mercado, o preço ainda pesa mais do que as preocupações ambientais.


O governo dinamarquês acabou por reconhecer, em Abril deste ano, o cenário. Por isso mesmo, decidiu alterar novamente as regras. O benefício voltou a ser introduzido mas de forma temporária.


A sua retirada está prevista para depois de 2018, assim que o nível de vendas supere os cinco mil veículos.

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