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Corvette 1967 quase original pode ser leiloado por um milhão de dólares

Quem entende do assunto sabe que se um carro é vendido num leilão por um milhão de dólares é um Ferrari ou um Jaguar antigo. E não um Corvette.

11 de Janeiro de 2019 às 13:30
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Um Corvette branco numa garagem do interior da Florida não é o que se tem em mente, mas na próxima sexta-feira à noite em Kissimmee, pode ser leiloado por um milhão de dólares.

 

Último exemplar da geração "Sting Ray", este Chevrolet Corvette não é a raridade de 1963, que geralmente é vendida pelo preço mais alto. Mas há uma característica muito especial: está praticamente como saiu da fábrica, em 1967.

 

O veículo só andou 4.822 quilómetros e teve quatro proprietários, que fizeram manutenções regulares. Os seus componentes originais e interiores permanecem intactos. Ainda estão colados todos os selos originais com o número de identificação no motor, transmissão e até nos vidros. O automóvel ficou estacionado na mesma garagem entre 20 de maio de 1967 e 12 de fevereiro de 2012 — quase 45 anos.

 

O catálogo do leilão informa que o veículo é foi tão pouco usado que nunca ninguém se sentou no banco do passageiro. "Este carro deveria estar no (Museu) Smithsonian, não numa feira de automóveis", gaba-se a firma de leilões Mecum.

 

"Contrastando com a vasta maioria dos veículos antigos de alta performance, o veículo em questão está unicamente preservado em condição praticamente nova e não restaurada", disse David Burroughs, especialista em Corvettes e autor dos relatórios "Prove It", análises minuciosas que leiloeiros e vendedores podem encomendar para provar o valor de um carro. "Não há sinais óbvios de desgaste, deterioração, novo acabamento, reparações, restauração, substituição ou alteração evidente."

 

A estimativa atual para o veículo com motor V-8 390 HP é 800.000 dólares, mas "se pelo menos dois interessados realmente quiserem, há a possibilidade de passar de um milhão de dólares", disse o analista Jonathan Klinger, da Hagerty.com.

 

Falando em nome da divisão de arquivos históricos da Chevrolet, Chris Bonelli recusou-se a especular sobre o preço de venda, mas afirmou que se trata de "um dos veículos mais bem cuidados e de baixa quilometragem que se pode comprar", tendo enorme potencial por causa disso.

 

Mas há uma enorme ressalva. O único atributo indesejável é que a falta de rodagem.

 

Muitos entusiastas acreditam que os carros valiosíssimos precisam de rodar e não ficar parados. Os anos de sedentarismo que tornam estes automóveis tão preciosos também permitem que se deteriorem. O depósito de combustível deste Corvette está tão corroído internamente que foi necessário usar um tanque alternativo para o carro andar brevemente durante a exibição.

 

"Devido à quilometragem extremamente baixa, não é prático nem recomendável sacrificar para testar e resolver questões de direção de um carro praticamente novo e que dificilmente será guiado de modo significativo outra vez", afirmou Burroughs.

 

O catálogo do leilão da Mecum é mais sucinto: "Este carro não serve para ninguém que queira dirigir."

 

Esse Corvette é um peso morto glorificado.

 

(Texto original: This ’67 Corvette Has Never Had a Passenger)

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