Notícia
"Cluster" da indústria automóvel fatura mais de 20.000 milhões de euros
Estudo da Mobinov que carateriza a fileira indica que a indústria gera anualmente riqueza na ordem dos 5.200 milhões de euros, o que "equivale a 2,4% do PIB", contando com mais de 85.700 postos de trabalho.
O "cluster" da indústria automóvel conta, a nível nacional, com um volume de negócios superior a 20.000 milhões de euros, gera uma riqueza anual de 5.720 milhões e emprega mais de 85 mil pessoas.
Estas são as conclusões de um estudo, divulgado esta quinta-feira, pela Mobinov, que analisa a composição da fileira industrial automóvel em Portugal e, ainda, o seu impacto na economia, emprego e sociedade.
Descrito como "estratégico e vital para a economia portuguesa", o cluster automóvel carateriza-se por ser "fortemente exportador", atendendo a que 99% do volume de negócios resulta de vendas ao exterior, o que corresponde a 23% das exportações de bens transacionáveis nacionais, destacando-se ainda pela "crescente geração de riqueza", com 5.200 milhões de euros gerados anualmente (VAB, Valor Acrescentado Bruto), o que "equivale a 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional".
Em paralelo, contribui ainda para "a criação de emprego de elevada qualificação", contando com mais de 85.700 postos de trabalho em 2022, o que representa aproximadamente 11% do emprego da indústria transformadora, de acordo com o estudo promovido pela Mobinov - Associação do Cluster Automóvel.
Além disso, reforça, "a remuneração média dos trabalhadores do 'cluster' é superior à média nacional e da restante indústria transformadora, o que demonstra a aposta na captação e retenção de talento crítico, essencial para potenciar o desenvolvimento e crescimento do mesmo". Segundo a Mobinov, "a remuneração total do 'cluster' sofreu aumentos significativos nos anos posteriores à pandemia, com um crescimento médio anual, entre 2020 e 2022, de quase 7%".
O presidente da Mobinov, Jorge Rosa, assinala que "estes números são a prova de que este 'cluster' é, sem dúvida, uma verdadeira locomotiva do desenvolvimento económico e social de Portugal". "Somos catalisadores de desenvolvimento de outras indústrias que olham para o nosso setor e percebem a necessidade de também evoluírem. Este é, claramente, um setor com um enorme potencial de inovação e de crescimento", reforça, citado em comunicado.
"A indústria automóvel em Portugal pode tornar-se, progressivamente, um 'cluster dominante', que atrai, para território nacional, produções de maior valor acrescentado, capitalizando capacidade de engenharia, eficiência produtiva, inovação e custos competitivos", refere, ainda, Jorge Rosa, para quem "os resultados do estudo são inequívocos quanto à importância estratégica deste 'cluster' para Portugal, revelando a importância da criação da Mobinov como plataforma agregadora e mobilizadora da cooperação necessária para continuar a garantir e fortalecer a competitividade do setor em território nacional".
Portugal desenvolve atividade de construção automóvel desde os anos 50. Contudo, só a partir dos anos 90, com o início da atividade da VW Autoeuropa, em Palmela, é que o país assistiu a um desenvolvimento constante e sustentado das suas valências de fabrico automóvel, contando, neste momento, com cinco fábricas de produção de automóveis, fortemente orientadas para a exportação, resume a Mobinov.
E, apesar da indústria de construção automóvel ser relevante, assinala "o coração do cluster auto nacional reside na produção de componentes, onde existem mais de 1.000 empresas industriais, que fornecem componentes diversos, acessórios, transformação ou equipamentos e ferramentas industriais específicos como moldes".
Além dos grandes números do setor, o estudo dá a conhecer, ainda, a transformação da indústria automóvel, destacando as tendências de futuro da mobilidade e do setor automóvel que passam designadamente pela transição digital e climática entendidas como "locomotivas da competitividade".
"Na Mobinov, como 'cluster' automóvel de Portugal, encaramos estes desafios com grande seriedade e compromisso, assumindo como aposta estratégica o papel de auxiliar as empresas no processo de descarbonização e transição digital", refere o presidente da associação, Jorge Rosa, dando conta de que, por isso, mesmo estão em marcha dois projetos que "visam dar respostas a estes desafios" – o Roteiro para a Descarbonização do Setor Automóvel e o Digital Innovation Hub 4 Global Automotive".
A Mobinov destaca, por isso, os desafios e outras tendências, que estão e vão continuar a influenciar de forma estrutural o futuro do cluster, nomeadamente, os veículos autónomos, segurança e conforto no veículo, "mobility as a service" (MaaS), conetividade, "big data analytics" ou digitalização e indústria 4.0, economia circular e descarbonização produtiva.
O estudo intitulado "Caracterização do Cluster da Indústria Automóvel em Portugal" foi apresentado no 11.º Encontro da Indústria Automóvel, iniciativa promovida pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA).
Estas são as conclusões de um estudo, divulgado esta quinta-feira, pela Mobinov, que analisa a composição da fileira industrial automóvel em Portugal e, ainda, o seu impacto na economia, emprego e sociedade.
Em paralelo, contribui ainda para "a criação de emprego de elevada qualificação", contando com mais de 85.700 postos de trabalho em 2022, o que representa aproximadamente 11% do emprego da indústria transformadora, de acordo com o estudo promovido pela Mobinov - Associação do Cluster Automóvel.
Além disso, reforça, "a remuneração média dos trabalhadores do 'cluster' é superior à média nacional e da restante indústria transformadora, o que demonstra a aposta na captação e retenção de talento crítico, essencial para potenciar o desenvolvimento e crescimento do mesmo". Segundo a Mobinov, "a remuneração total do 'cluster' sofreu aumentos significativos nos anos posteriores à pandemia, com um crescimento médio anual, entre 2020 e 2022, de quase 7%".
O presidente da Mobinov, Jorge Rosa, assinala que "estes números são a prova de que este 'cluster' é, sem dúvida, uma verdadeira locomotiva do desenvolvimento económico e social de Portugal". "Somos catalisadores de desenvolvimento de outras indústrias que olham para o nosso setor e percebem a necessidade de também evoluírem. Este é, claramente, um setor com um enorme potencial de inovação e de crescimento", reforça, citado em comunicado.
"A indústria automóvel em Portugal pode tornar-se, progressivamente, um 'cluster dominante', que atrai, para território nacional, produções de maior valor acrescentado, capitalizando capacidade de engenharia, eficiência produtiva, inovação e custos competitivos", refere, ainda, Jorge Rosa, para quem "os resultados do estudo são inequívocos quanto à importância estratégica deste 'cluster' para Portugal, revelando a importância da criação da Mobinov como plataforma agregadora e mobilizadora da cooperação necessária para continuar a garantir e fortalecer a competitividade do setor em território nacional".
Portugal desenvolve atividade de construção automóvel desde os anos 50. Contudo, só a partir dos anos 90, com o início da atividade da VW Autoeuropa, em Palmela, é que o país assistiu a um desenvolvimento constante e sustentado das suas valências de fabrico automóvel, contando, neste momento, com cinco fábricas de produção de automóveis, fortemente orientadas para a exportação, resume a Mobinov.
E, apesar da indústria de construção automóvel ser relevante, assinala "o coração do cluster auto nacional reside na produção de componentes, onde existem mais de 1.000 empresas industriais, que fornecem componentes diversos, acessórios, transformação ou equipamentos e ferramentas industriais específicos como moldes".
Além dos grandes números do setor, o estudo dá a conhecer, ainda, a transformação da indústria automóvel, destacando as tendências de futuro da mobilidade e do setor automóvel que passam designadamente pela transição digital e climática entendidas como "locomotivas da competitividade".
"Na Mobinov, como 'cluster' automóvel de Portugal, encaramos estes desafios com grande seriedade e compromisso, assumindo como aposta estratégica o papel de auxiliar as empresas no processo de descarbonização e transição digital", refere o presidente da associação, Jorge Rosa, dando conta de que, por isso, mesmo estão em marcha dois projetos que "visam dar respostas a estes desafios" – o Roteiro para a Descarbonização do Setor Automóvel e o Digital Innovation Hub 4 Global Automotive".
A Mobinov destaca, por isso, os desafios e outras tendências, que estão e vão continuar a influenciar de forma estrutural o futuro do cluster, nomeadamente, os veículos autónomos, segurança e conforto no veículo, "mobility as a service" (MaaS), conetividade, "big data analytics" ou digitalização e indústria 4.0, economia circular e descarbonização produtiva.
O estudo intitulado "Caracterização do Cluster da Indústria Automóvel em Portugal" foi apresentado no 11.º Encontro da Indústria Automóvel, iniciativa promovida pela Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel (AFIA).