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Exportações de vinho cresceram 2,1% para 185 milhões de euros no primeiro trimestre
As exportações portuguesas de vinho aumentaram 4,4% em volume e 2,1% em valor nos primeiros três meses deste ano, ainda antes do impacto da pandemia da covid-19.
As exportações dos vinhos portugueses cresceram 4,4% em volume e 2,1% em valor nos primeiros três meses deste ano face a igual período de 2019, tendo as vendas ao exterior superado os 185 milhões de euros, indica esta terça-feira, em comunicado, a ViniPortugal - Associação Interprofissional para a Promoção dos Vinhos de Portugal.
A evolução positiva ainda não espelha o grande impacto da pandemia da covid-19 no setor, sendo que a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) estima que as vendas de vinho na Europa sofra uma quebra de 50% em valor, impactada pela queda a pique das vendas no canal Horeca (hotéis, restaurantes e cafés) e que não será compensada com as vendas na grande distribuição.
As maiores subidas homólogas nas exportações vinícolas nacionais foram a Coreia do Sul (44,2%), México (34,7%), EUA (18,8%), Japão (15,4%) e Canadá (12,0%).
Já na União Europeia, a Suécia sobressaiu com um crescimento de 26%, mas a maioria dos restantes mercados sofreram quebras.
Em termos globais, as maiores quedas nas exportações pertenceram à Dinamarca (-23,4%), China (-29,7%), Macau (-52,1%) e Rússia (-36,6%).
A ViniPortugal assinala ainda que a Coreia do Sul é o destino de maior preço médio (6,21 euros por litro), seguida por Hong Kong (5,82 euros), Dinamarca (4,59 euros) e Macau (2,92 euros).
A associação reporta também que na categoria Espumantes verificou-se, em valor, uma queda menos significativa na União Europeia (-5,1%) e um crescimento muito significativo (57,2%) nos países terceiros, destacando-se Angola (573 mil euros), EUA (154 mil euros) e Brasil (136 mil euros). Nesta categoria as maiores subidas registaram-se em Angola (+473,0%), Noruega (+110,0%) e Suíça (+84,8%).
Em entrevista ao Negócios e Antena 1 no início de maio, a ministra da Agricultura reconheceu as grandes dificuldades do setor vinícola face à pandemia. Maria do Céu Albuquerque referiu que "nós somos o nono país a nível mundial que mais exporta e, neste momento, há uma quebra. Além disso, o fecho dos restaurantes, hotéis e a paragem do turismo também provocou uma quebra muito significativa. Pelos dados que temos, podem oscilar entre os 5% e os 50% ao longo deste período de tempo".