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Douro quer alargar às empresas o apoio de 125 euros: “A mão de obra é o nosso principal problema”

A Prodouro quer que seja dada “a possibilidade às empresas privadas de poderem, até 20 de dezembro, processar um apoio salarial de reposição de rendimento, até ao valor de um salário mensal, nas mesmas condições fiscais dos apoios excepcionais anunciados pelo Governo”.

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14 de Outubro de 2022 às 12:58
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A Associação dos Viticultores Profissionais do Douro (Prodouro) vê no apoio extraordinário definido pelo Governo para mitigar os efeitos da inflação, a pagar em outubro a todos os portugueses com rendimento bruto mensal até 2.700 euros, "uma oportunidade de alargar a ajuda aos trabalhadores neste momento de redução acentuada do poder de compra".

 

Nesse sentido, a Prodouro vai propor ao Governo que seja dada "a possibilidade às empresas privadas de poderem, até 20 de dezembro, processar um apoio salarial de reposição de rendimento, até ao valor de um salário mensal, nas mesmas condições fiscais dos apoios excecionais anunciados pelo Governo", em que isentou o apoio de 125 euros e o complemento das pensões, de retenção na fonte, de subida de escalão em sede de IRS e de contribuição para Segurança Social.

 

"Pensamos que é oportuno dar às empresas a possibilidade de atribuírem um apoio aos seus funcionários, nas mesmas condições do que será pago em outubro pelo Orçamento de Estado. Seria igualmente um apoio único, extraordinário, isento de IRS e Segurança Social", explica Rui Soares, presidente da Prodouro, em comunicado, lembrado que a proposta integra um conjunto de medidas que a associação tem vindo a defender de valorização da mão de obra no Douro.

 

"Estamos confiantes que o Governo não terá dois pesos e duas medidas na análise desta proposta e que viabilizará a possibilidade das empresas privadas, que queiram e possam, se solidarizarem com os seus trabalhadores, reforçando com os seus próprios meios as medidas tomadas pelo Governo e permitindo que esse esforço financeiro possa representar uma liquidez real e efetiva para os beneficiários, num período em que se avizinham fortes impactos nos orçamentos familiares", conclui Rui Soares.

A proposta integra as iniciativas da associação duriense visando a valorização do trabalho na região e vai ser apresentada no III Colóquio Prodouro, que se realiza em Sabrosa no próximo dia 28, dedicada ao tema da mão de obra e da sustentabilidade social e económica da região.

 

"A mão de obra é o principal problema do Douro", justifica Rui Soares, recordando que o trabalho representa cerca de dois terços dos custos de produção na região.

 

"Estamos numa zona de viticultura de montanha, com índices de mecanização muito mais baixos, comparando com zonas de planície, pelo que estamos muito dependentes do trabalho manual", sinaliza o mesmo dirigente associativo, defendendo que "a mecanização, não sendo de descurar, não responde a todos as dificuldades de mão de obra no Douro, até pelo elevado investimento que acarreta".



(Notícia atualizada às 13:12)

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