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BCP fica a ver navios no leilão online de ações da Bacalhôa executadas a Berardo
A participação de 1,87% da produtora de vinhos do empresário madeirense, que tinha sido colocada no e-leiloes.pt com um valor base de 1,3 milhões de euros, fixando-se o mínimo a obter em 1,1 milhões, não despertou grande interesse, tendo a licitação máxima sido de 687 mil euros.
Havia um aviso aos interessados na licitação dos 1,87% das acções da Bacalhôa Vinhos, que faz parte de um grupo atolado em processos judiciais: "É da exclusiva responsabilidade dos interessados proponentes a análise e interpretação da documentação disponibilizada, sem prejuízo das diligências que entendam efetuar na avaliação do bem a adquirir, assegurando-se que corresponde às expectativas."
Mais: "Encontram-se pendentes embargos, onde a instância foi suspensa, ao abrigo do disposto no art.º 272.º, n.º 1 do Código de Processo Civil", lia-se na ficha técnica do leilão eletrónico, que ocorreu no portal e-leiloes.pt.
Finalizado o leilão, pelas 10h30 desta quarta-feira, 22 de março, ficou tudo em "águas de bacalhau", já que a licitação final não foi além dos 687 mil euros, quando o valor mínimo que o agente de execução tinha fixado era de 1,12 milhões de euros, para um valor base estabelecido de 1,32 milhões de euros, cifra que avaliava a Bacalhôa Vinhos em 70,6 milhões de euros.
Este leilão surgiu na sequência do processo de execução colocado pelo BCP a duas sociedades de Joe Berardo, a Associação de Coleções e a Metalgest, por conta de uma dívida de dois milhões de euros, sendo que acções da Bacalhôa são detidas pela Associação de Coleções.
A banca, sobretudo a CGD, o BCP e o Novobanco, andam há uma década a tentar ser ressarcidos dos mil milhões de euros que Berardo ficou alegadamente a dever-lhes, avançando com várias ações judiciais contra empresas ligadas ao empresário madeirense .