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Produção de vinho será a mais baixa dos últimos vinte anos

Os prejuízos causados pelas altas temperaturas atingiram praticamente todas as regiões vitivinícolas do país e vão fazer-se sentir fortemente nos níveis da produção. Segundo os dados do INE, verifica-se também quebras nas fruteiras e na oliveira.

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20 de Novembro de 2018 às 12:24
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Atrasos nas vindimas, chuvas em Outubro e excesso de calor em Agosto que provocaram escaldões nos bagos. Eis os condimentos que deverão marcar este ano a produção de vinho: apesar de as primeiras uvas até terem chegado aos lagares em bom estado sanitário e com teores de açúcar regulares, a qualidade acabaria depois por baixar, precipitando a conclusão das vindimas. O resultado será uma redução da produção na ordem dos 20% para os 5,2 milhões de hectolitros, a menor das últimas duas décadas.

 

A previsão foi adiantada pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE), que divulgou esta terça-feira as previsões agrícolas e de acordo com o qual a quebra deverá atingir todas as regiões vitivinícolas, embora com reflexos distintos em função da casta, da exposição e da idade da vinha. Escapam apenas o Algarve, que terá mesmo um aumento acima dos 5% face ao ano anterior, e o Alentejo, onde a produção deverá ficar em níveis idênticos aos registados em 2017.

 

Também no azeite são de esperar quebras. A produtividade da azeitona para azeite deverá reduzir-se em 15%, "resultado de uma grande variabilidade de produção nos olivais tradicionais de sequeiro", refere o INE. Ainda assim, a apanha deverá ficar bastante acima da média dos últimos cinco anos.

 

Já na castanha, a produção deverá ser 5% superior à da campanha anterior, situando-se nas 31,1 mil toneladas e em linha com os valores dos últimos cinco anos.

 

Ao nível das fruteiras, o clima também deixou as suas marcas, esperando-se reduções generalizadas resultantes "da conjugação de fracas polinizações, problemas fitossanitários e da onda de calor de Agosto". Na maçã, por exemplo, a produção deverá rondar as 278 mil toneladas, o que representa uma redução de 15% em relação a 2017, mas com muito boa qualidade.

 

No kiwi, "a carga de frutos é heterogénea", mas registaram-se danos em alguns pomares devido à passagem da tempestade Leslie e no geral é expectável uma produção 5% abaixo da de 2017.

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