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Governo lança campanha junto de 141 mil idosos para alargar o CSI
A campanha para fazer chegar o complemento solidário para idosos (CSI) a mais pensionistas vai arrancar no próximo mês. Dirige-se a 141 mil pessoas que o Governo acredita que podem ter direito ao apoio. A partir de Janeiro a GNR vai ajudar.
O Governo repôs no início do ano o valor de referência do complemento solidário para idosos (CSI) e em Abril voltou a actualizá-lo em 0,7%, o que à partida poderia alargar o universo de beneficiários. As estatísticas mostram, no entanto, que o número de beneficiários tem vindo a cair. A já anunciada campanha para divulgar este complemento destinado a completar rendimentos até ao limiar da pobreza vai arrancar em Novembro, revelou esta quarta-feira o ministro da Segurança Social, no Parlamento.
Numa primeira fase, a Segurança Social vai enviar cartas às 141 mil pessoas que o Governo acredita que teriam condições para aceder ao apoio, mas que dele não beneficiam.
"Serão à volta de 141 mil os idosos em relação aos quais vai ser particularmente direccionada esta campanha", afirmou o ministro da Segurança Social, em declarações aos jornalistas, no final da audição sobre o orçamento da Segurança Social.
Em causa estão pessoas "que teoricamente têm condições" financeiras para cumprir a prova de rendimentos que o apoio exige, mas que não o recebem.
GNR também vai ajudar
A partir de Janeiro, os militares da GNR também vão começar a divulgar informação sobre a Segurança Social, em particular nas áreas mais remotas, acrescentou o ministro.
"Está previsto no orçamento do Estado uma transferência de informação" de forma a que "em meios mais isolados, mais rurais", os agentes "possam também ajudar com formação adequada, como já fazem noutras áreas, como a violência doméstica."
Actualmente recebem este apoio cerca de 160 mil pessoas. O Governo já disse que vai actualizar o valor de referência ao nível da inflação no próximo ano.
Dependendo de como a lei ficar formulada, uma actualização moderada do valor de referência pode atenuar o efeito dos aumentos extraordinários de pensões no próximo ano.