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200 mil famílias recebem em maio apoio de 60 euros. Para junho nada está previsto
A ministra da Segurança Social reviu em alta o número de famílias abrangidas pelo alargamento do apoio de 60 euros. Serão 200 mil as que recebem este mês, em vez das 68 mil inicialmente estimadas. Governo não garante, no entanto, que as famílias recebam esta ajuda à compra de bens alimentares mais do que uma vez.
O Governo revelou esta quarta-feira que o apoio de 60 euros, destinado a compensar o aumento do preço dos alimentos, irá chegar em maio a 200 mil pessoas, em vez das 68 mil inicialmente estimadas.
Depois de num primeiro momento ter associado o apoio à tarifa social de energia (em abril), deixando de fora, por exemplo, famílias que não tinham o contrato de eletricidade em seu nome, o Governo alargou o universo elegível. Este segundo grupo, inicialmente estimado em 68 mil famílias, só recebe o apoio em maio.
"Fizemo-lo no mês de abril relativamente a todas as pessoas com a tarifa social de eletricidade, e essa já foi toda paga. Em maio será alargada a todas as famílias com prestações sociais mínimas ainda que não tivessem tarifa social de eletricidade", descreveu Ana Mendes Godinho, revendo a estimativa inicial. "Este pagamento em maio abrangerá cerca de 200 mil agregados familiares que não estavam abrangidos pela tarifa social de eletricidade mas que são titulares de prestações sociais mínimas".
No entanto, apesar das duas datas de pagamento, este apoio de 60 euros só é pago em relação a um mês. É essa a verba que a proposta de orçamento do Estado acomoda, segundo dados apresentados pelo ministro das Finanças, Fernando Medina.
Esta quarta-feira a ministra da Presidência reiterou que há margem no orçamento para reforçar medidas de resposta à inflação.
Questionada sobre o eventual alargamento deste apoio de 60 euros, que seria assim reforçado com um valor superior ou estendido por mais meses, a ministra da Segurança Social nada garantiu.
"Esta medida foi calculada tendo por base o aumento do cabaz alimentar e portanto com base já em estimativas de vários meses", disse Ana Mendes Godinho. Não será estendida? "Estamos a avaliar a situação, a própria duração dos impatos da inflação", disse.