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Técnicos de diagnóstico e terapêutica recomeçaram greve às 00:00

Os técnicos de diagnóstico e terapêutica iniciaram às 00:00 desta sexta-feira uma greve em protesto contra questões salariais e contra a contagem de anos de serviço para efeitos de progressão na carreira, depois de terem estado paralisados no mês passado.

22 de Junho de 2018 às 00:21
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"Vamos voltar à paralisação porque o Governo, no dia 28 de Maio, comunicou-nos novamente o encerramento da negociação", disse à agência Lusa o presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica, Luís Dupont.

 

O dirigente sindical explicou que o Governo apresentou "uma ligeira alteração" à tabela salarial, face à última proposta, dizendo que "não havia condições para apresentar matérias e questões" que são essenciais para estes profissionais.

 

"Não é só uma questão da tabela salarial é também a questão da transição dos trabalhadores da actual carreira para a nova tabela e a contagem do tempo de anos de serviço na actual carreira", disse, considerando "inaceitável o que Governo está a fazer na negociação".

 

Face a esta situação, os sindicatos solicitaram, no dia 5 de Junho, "uma negociação suplementar face àquilo que é a lei e o enquadramento legal sobre esta matéria", mas até ao momento não houve nenhuma resposta por parte dos ministérios da Saúde e das Finanças.

 

Os sindicatos pediram ainda a intervenção do primeiro-ministro, António Costa, que remeteu a questão para os dois ministérios.

 

Perante este impasse, os técnicos de diagnóstico e terapêutica decidiram voltar hoje à greve, que se repete a 13 de Julho. A partir de 1 de Julho irão realizar uma greve às horas extraordinárias por tempo indeterminado.

 

Luís Dupont prevê "uma adesão grande" à paralisação, como aconteceu nos dias 24 e 25 de maio, com a adesão a rondar os 90%, com impacto em praticamente todos os serviços de saúde, principalmente nas consultas, cirurgias programadas e exames de diagnóstico e terapêutica.

 

Para as 16:30, está marcada uma concentração junto à Assembleia da República, seguindo em marcha até ao Terreiro do Paço, residência oficial do primeiro-ministro, onde os profissionais vão ficar em vigília e entregar um manifesto ao primeiro-ministro, que, "pelos vistos, não está a querer ouvir estes profissionais", adiantou o sindicalista.

 

No documento, os técnicos de diagnóstico e terapêutica explicam que o manifesto representa "uma tomada de posição" junto do primeiro-ministro e visa que "o assunto seja discutido no seio do Governo no sentido de não se dar por encerrado" o processo negocial "de forma unilateral".

 

Expõem ainda as suas reivindicações, entre as quais um ajuste da tabela salarial, a transição para novas carreiras e o descongelamento de escalões.

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