Notícia
Stress e problemas de saúde mental no trabalho custam 5,3 mil milhões por ano
Em dois anos, os custos para as empresas relacionados com a saúde mental dos trabalhadores cresceram mais de 60%, conclui um estudo elaborado pela Ordem dos Pricólogos.
No ano passado, o stress e outros problemas relacionados com a saúde mental dos trabalhadores custaram às empresas portuguesas 5,3 milhões de euros. Em causa estão faltas ao trabalho, mas também situações de presentismo, em que a pessoa vai para o seu local de trabalho, mas regista uma produtividade inferior à que seria de esperar.
Esta é uma das conclusões do estudo "Prosperidade e Sustentabilidade das Organizações – Relatório do Custo do Stresse e dos Problemas de Saúde Psicológica no Trabalho" elaborado pela Ordem dos Psicólogos Portugueses e divulgado esta sexta-feira.
O documento precisa que "o absentismo custou 1,8 mil milhões de euros em 2022 às empresas em Portugal". Já o presentismo "teve um custo de 3,5 mil milhões de euros, registando-se assim uma perda total de produtividade de 5,3 mil milhões por ano, o equivalente ao que o Governo português gastou em 2021 em medidas para mitigar os impactos da pandemia COVID-19.
Este cálculo, ressalva o estudo, "refere-se apenas a custos indiretos do stress e problemas de saúde psicológica no trabalho, como os que envolvem a perda de produtividade (absentismo, presentismo, rotatividade e erros/acidentes)". Quer isto dizer que "não estão aqui representados custos diretos, como os gastos com serviços de saúde, pagamento de seguros, problemas legais ou pagamento de multas e compensações".
Em dias, estima-se que os trabalhadores faltem oito dias por ano devido ao stress e aos problemas de saúde psicológica e que o presentismo seja ainda mais representativo, podendo chegar aos 15,8 dias por ano. Estes números, sublinha a Ordem dos Psicólogos, subiram em relação a 2020.