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Pizarro diz que Governo não tem "obsessão ideológica" sobre recurso ao privado

Manuel Pizarro assumiu estar "confiante" de que este será um verão mais tranquilo nos serviços de obstetrícia do que em 2022.

Rodrigo Antunes / Lusa-EPA
03 de Julho de 2023 às 22:28
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O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, disse esta segunda-feira em Beja que o Governo não tem nenhuma "obsessão ideológica" que o impeça de recorrer ao setor privado quando entende ser adequado nem para "diminuir" o setor público.

O ministro foi confrontado, no final de um dia no distrito de Beja, no âmbito da iniciativa Saúde Aberta, com palavras dos líderes do PSD e do Bloco de Esquerda sobre o caso de uma grávida que foi transferida, no domingo, do Hospital de Santa Maria para uma maternidade privada.

Luís Montenegro, do PSD, acusou o Governo de ter uma "visão estatizante e centralista" da forma de gerir o SNS, apesar de estar "mais próximo" do que defende o seu partido, enquanto Mariana Mortágua instou o ministro a "decidir se está ao lado de Luís Montenegro" ou "se está ao lado do SNS".

"Não temos nenhuma obsessão ideológica que nos impeça de recorrer ao setor privado quando isso é adequado e também não temos nenhuma obsessão ideológica para diminuir ou amesquinhar o setor público e reconhecemos a importância que o SNS teve ao longo destas décadas", atirou Manuel Pizarro, no Hospital de Beja, onde fez o balanço do dia passado no distrito no âmbito da iniciativa Saúde Aberta.

Para contextualizar a afirmação, Pizarro frisou que está "do lado das pessoas" e que apenas pretende "assegurar que Portugal continua a ser um excelente país para se engravidar" e proteger a saúde das futuras mães, "como o SNS garantiu nestes quase 50 anos de democracia".

"Para o fazer temos de fortalecer os serviços públicos do SNS. Aliás, é isso que estamos a fazer em Santa Maria. Porque o que vamos fazer é uma remodelação profunda do bloco de partos que vai transformá-lo no mais moderno e no maior bloco de partos do país", destacou o governante.

Questionado, também, sobre a intenção anunciada pela Ordem dos Médicos de enviar um colégio da especialidade para perceber se estão garantidas as condições de segurança no serviço de obstetrícia do Hospital de Santa Maria, o ministro assumiu que "todos os contributos de diferentes instituições são bem-vindos".

Por fim, Manuel Pizarro assumiu estar "confiante" de que este será um verão mais tranquilo nos serviços de obstetrícia do que em 2022.

"Tens duas regiões [Lisboa e Vale do Tejo e Algarve] a funcionar com algum regime de rotatividade de algumas maternidades, mas a verdade é que desde que este modelo foi implementado, no final de 2022, tudo tem funcionado com a devida tranquilidade", concluiu.

 
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