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LX Bio investe 60 milhões e cria até 100 empregos numa fábrica de medicamentos biológicos em Portugal
Vai nascer em Oeiras uma nova fábrica de medicamentos biológicos, promovida pela recém-criada LX Bio Pharmaceuticals, que resulta de uma “joint venture” entre a TechnoPhage e a Innovation Bio Ventures (IBV).
Nove meses depois de a TechnoPhage ter iniciado os primeiros ensaios clínicos de um novo fármaco que promete tratar o "pé diabético" de forma inovadora, a empresa portuguesa anuncia que, em conjunto com a Innovation Bio Ventures (IBV), vai avançar com um investimento de 60 milhões de euros na construção de uma fábrica de medicamentos biológicos, em Oeiras.
Resultante desta "joint venture", a recém-criada LX Bio Pharmaceuticals "irá desenvolver um portfólio de medicamentos biológicos nas fases avançadas de ensaios clínicos (fases II e III) e será responsável pela produção e comercialização destes fármacos a nível global", avança a nova empresa, em comunicado enviado às redações, esta segunda-feira, 22 de novembro.
Ao Negócios, fonte oficial da LX Bio afiança que a nova farmacêutica "pretende recrutar até 100 pessoas".
"A nossa ambição para a LX Bio é que esta se transforme numa das empresas farmacêuticas mais inovadoras e de maior sucesso, disponibilizando medicamentos biológicos que efetivamente tenham potencial para melhor a vida das pessoas", enfatiza Miguel Garcia, CEO da LX Bio Pharmaceuticals.
Este gestor, que é também CEO da TechnoPhage, realça que os medicamentos da LX Bio "serão resultantes de I&D portuguesa", esperando que estes "proporcionem um forte incremento em matéria de exportações, já que toda a produção industrial será realizada em Portugal", sinaliza.
Da paleta de produtos da LX Bio, a empresa destaca o biofármaco TP-102, que visa o tratamento das infeções do pé diabético que, por sua vez, conduzem muito frequentemente a amputações.
"O TP-102 é um dos primeiros fármacos com patente portuguesa a obter autorização para ensaios clínicos nos Estados Unidos, tendo recentemente conseguido a designação de "Fast Track" pela FDA, que implica o reconhecimento por parte desta agência regulamentar de uma terapia que pretende tratar uma doença grave e satisfazer uma necessidade que ainda não está atendida pela indústria farmacêutica", sublinha a nova empresa.
"Com esta designação, que apenas é atribuída pela FDA a cerca de 4% dos projetos em ensaios clínicos, a LX Bio planeia comercializar o TP-102 nos Estados Unidos em meados de 2024", indica.
A LX Bio pretende, também, "desenvolver e comercializar outros fármacos em diversas áreas terapêuticas, como sejam a oftalmologia, infeção ou as neurociências".
Com sede em Portugal, a LX Bio garante que "terá uma rede de escritórios, nos Estados Unidos e nos principais mercados europeus".