Notícia
Infecções associadas a cuidados de saúde descem mas ainda atingem 7,8% dos doentes
Em cada 100 doentes internados em Portugal, 7,8 adquiriram uma infecção associada aos cuidados de saúde, taxa superior à média europeia, mas que representa uma descida de 2,7 pontos percentuais em relação a 2012, segundo dados oficiais.
15 de Dezembro de 2017 às 07:27
De acordo com o relatório do Programa de prevenção e controlo de infecções e de resistência aos antimicrobianos referente a 2016, que será apresentado esta sexta-feira, 15 de Dezembro, no Porto, a prevalência de Infeções Associadas a Cuidados de Saúde (IACS) foi de 7,8% no ano passado (10,5% em 2012).
Os autores recordam que as IACS e o aumento da resistência dos microrganismos aos antimicrobianos (RAM) são "problemas relacionados e de importância crescente à escala mundial".
"Segundo previsão internacional no que se refere a mortes atribuíveis às RAM quando comparadas com outras causas de morte, estima-se que se estas não forem controladas até 2050, mais 10 milhões de pessoas poderão morrer todos os anos", lê-se no documento.
De acordo com o relatório, "a higiene das mãos por parte dos profissionais é a medida mais eficaz, mais simples e mais económica de prevenir as IACS".
Apesar da adesão das unidades de saúde à monitorização das práticas de higiene das mãos ter vindo a aumentar de forma gradual, mais de um quarto dos profissionais de saúde não aderem à higiene das mãos, tendo em conta que, em 2016, a taxa de adesão dos profissionais à higiene das mãos foi de 73%.
Ainda em 2016 iniciou-se a monitorização do uso de luvas pelos profissionais de saúde nas diversas unidades de saúde, à qual aderiram 74 instituições, das quais 39% correspondem a hospitais públicos.
Os autores destacam resultados positivos ao nível da pneumonia associada à intubação, que desceu 36,6% entre 2008 e 2016, nas bacteriémias relacionadas com cateter intravascular central (menos 57,1% nos últimos oito anos) e por 'Staphylococcus aureus' resistentes à meticilina (MRSA) e na infecção de prótese de joelho e de cólon e reto.
Em relação à percentagem de MRSA, conhecida como "superbactéria", esta tem vindo a diminuir desde 2011 (54,6%), situando-se nos 43,6% em 2016 (menos 20%).
"As grandes razões para esta descida, terão por base, não só a implementação e alargamento do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA) a todas as unidades de saúde, mas também a implementação da norma do MRSA, da Estratégia Multimodal de Promoção das PBCI, implementação do Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica (PAPA) com redução de quinolonas/carbapenemos", lê-se no documento.
A 'Klebsiella pneumoniae', um agente comum nas infecções de trato urinário, respiratório e da corrente sanguínea, registou um aumento de 73% em 2016, em relação ao ano anterior.
Em relação ao consumo de antibióticos - expresso em doses diárias definidas por mil habitantes por dia (DHD) - este tem-se mantido "abaixo da média da União Europeia, quer na comunidade, quer nos hospitais".
"O consumo global de antibacterianos em Portugal nos cuidados de saúde primários mantém-se num nível ainda elevado (21,6), apesar de abaixo da média da Europa (21,9)", lê-se no documento.
Sobre o consumo de antibacterianos por classes nos hospitais em Portugal e na Europa, salientam-se as penicilinas, seguido das cefalosporinas/outros betalactâmicos, dos macrólidos, lincosamidas e estreptograminas e das quinolonas, seguido das cefalosporinas e outras classes.
Para 2020, os autores pretendem reduzir o consumo de antibióticos na comunidade para um valor abaixo das 19 doses diárias por 1000 habitantes.
Manter a prevalência de 'Klebsiella pneumoniae' resistente aos carbapenemos, em isolados invasivos, abaixo de 6% e reduzir para menos de 8% as infecções hospitalares são outras das metas.
Outro objectivo definido é reduzir para menos de 10% as infecções nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI).
Os autores recordam que as IACS e o aumento da resistência dos microrganismos aos antimicrobianos (RAM) são "problemas relacionados e de importância crescente à escala mundial".
De acordo com o relatório, "a higiene das mãos por parte dos profissionais é a medida mais eficaz, mais simples e mais económica de prevenir as IACS".
Apesar da adesão das unidades de saúde à monitorização das práticas de higiene das mãos ter vindo a aumentar de forma gradual, mais de um quarto dos profissionais de saúde não aderem à higiene das mãos, tendo em conta que, em 2016, a taxa de adesão dos profissionais à higiene das mãos foi de 73%.
Ainda em 2016 iniciou-se a monitorização do uso de luvas pelos profissionais de saúde nas diversas unidades de saúde, à qual aderiram 74 instituições, das quais 39% correspondem a hospitais públicos.
Os autores destacam resultados positivos ao nível da pneumonia associada à intubação, que desceu 36,6% entre 2008 e 2016, nas bacteriémias relacionadas com cateter intravascular central (menos 57,1% nos últimos oito anos) e por 'Staphylococcus aureus' resistentes à meticilina (MRSA) e na infecção de prótese de joelho e de cólon e reto.
Em relação à percentagem de MRSA, conhecida como "superbactéria", esta tem vindo a diminuir desde 2011 (54,6%), situando-se nos 43,6% em 2016 (menos 20%).
"As grandes razões para esta descida, terão por base, não só a implementação e alargamento do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos (PPCIRA) a todas as unidades de saúde, mas também a implementação da norma do MRSA, da Estratégia Multimodal de Promoção das PBCI, implementação do Programa de Apoio à Prescrição Antibiótica (PAPA) com redução de quinolonas/carbapenemos", lê-se no documento.
A 'Klebsiella pneumoniae', um agente comum nas infecções de trato urinário, respiratório e da corrente sanguínea, registou um aumento de 73% em 2016, em relação ao ano anterior.
Em relação ao consumo de antibióticos - expresso em doses diárias definidas por mil habitantes por dia (DHD) - este tem-se mantido "abaixo da média da União Europeia, quer na comunidade, quer nos hospitais".
"O consumo global de antibacterianos em Portugal nos cuidados de saúde primários mantém-se num nível ainda elevado (21,6), apesar de abaixo da média da Europa (21,9)", lê-se no documento.
Sobre o consumo de antibacterianos por classes nos hospitais em Portugal e na Europa, salientam-se as penicilinas, seguido das cefalosporinas/outros betalactâmicos, dos macrólidos, lincosamidas e estreptograminas e das quinolonas, seguido das cefalosporinas e outras classes.
Para 2020, os autores pretendem reduzir o consumo de antibióticos na comunidade para um valor abaixo das 19 doses diárias por 1000 habitantes.
Manter a prevalência de 'Klebsiella pneumoniae' resistente aos carbapenemos, em isolados invasivos, abaixo de 6% e reduzir para menos de 8% as infecções hospitalares são outras das metas.
Outro objectivo definido é reduzir para menos de 10% as infecções nas Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI).