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Governo compromete-se a analisar contraproposta dos sindicatos dos médicos

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o Sindicato Independente do Médicos (SIM) reuniram-se hoje com a secretária de Estado da Saúde, um dia depois de a ministra Marta Temido ter anunciado que o Governo pretendia negociar um projeto de diploma sobre as remunerações dos clínicos em serviço de urgência.

Miguel Baltazar
16 de Junho de 2022 às 22:04
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A secretária de Estado da Saúde comprometeu-se esta quinta-feira a analisar a contraposta dos sindicatos sobre a atualização salarial dos médicos em serviço de urgência, alegando que seria "estranho" que as duas partes chegassem a acordo na primeira reunião.

"Um processo negocial envolve várias reuniões e um processo de aproximação. Seria estranho nós conseguirmos, numa única reunião, obter um projeto que correspondesse o mais possível a uma aproximação global das partes", afirmou Maria de Fátima Fonseca.

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e o Sindicato Independente do Médicos (SIM) reuniram-se hoje com a secretária de Estado da Saúde, um dia depois de a ministra Marta Temido ter anunciado que o Governo pretendia negociar um projeto de diploma sobre as remunerações dos clínicos em serviço de urgência.

Esta é uma das medidas que o Governo apresentou na sequência do encerramento de urgências de ginecologia e obstetrícia de hospitais de vários pontos do país nos últimos dias, por dificuldades em assegurar escalas de médicos.

Após a reunião de hoje, que terminou sem acordo, Maria de Fátima Fonseca adiantou que os sindicatos "vão apresentar uma contraproposta" que será analisada pelo Ministério da Saúde.

"O Governo comprometeu-se a analisar esta contraproposta e ficamos, desde já, com uma reunião aprazada para o próximo dia 22, o que significa que temos muito trabalho para fazer", referiu a secretária de Estado, que se recusou a especificar a proposta apresentada hoje aos sindicatos, alegando que estão a decorrer as negociações.

"Estamos apostados em explorar todas as hipóteses que nos permitam chegar a um acordo que seja exequível e realista", assegurou Maria de Fátima Fonseca, ao reiterar que o processo negocial do diploma do Governo que arrancou hoje pretende responder a uma situação conjuntural das urgências dos hospitais.

Paralelamente a este processo de natureza conjuntural, decorre, já com reuniões marcadas, um processo de negociação sobre as questões estruturais para a legislatura, lembrou a secretária de Estado, ao salientar que os "dois processos não se confundem".

Os sindicatos dos médicos consideraram "completamente inaceitável" a proposta apresentada pelo Ministério da Saúde sobre a atualização salarial dos clínicos em serviço de urgência, tendo saído da reunião com a tutela sem qualquer acordo.



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