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Governo admite pagar mais para ter médicos em exclusivo no SNS
Em entrevista ao Público, a ministra da Saúde refere que vai ser criado um grupo de trabalho para estudar o sistema remuneratório dos médicos.
Não garante que seja para já, mas a ministra da Saúde, Marta Temido, refere em entrevista ao Público e à Rádio Renascença que está a estudar o aumento da remuneração dos médicos que fiquem exclusivamente dedicados ao SNS.
Sublinhando que é preciso definir, primeiro, a Lei de Bases da Saúde, Marta Temido acrescenta que o Governo está a trabalhar no modelo de exclusividade dos médicos.
"Está a ser constituído um grupo de estudo para esse tema e para os modelos remuneratórios dos profissionais de saúde. A dedicação exclusiva é apenas um caminho. Precisamos de garantir que a produtividade melhore. Isso pode fazer-se pela dedicação plena, que não será nunca uma imposição, terá de ser uma opção com valorização remuneratória e não poderá ser uma generalização", diz.
Por outro lado, Marta Temido refere que a eventual imposição de um pacto de permanência que obrigue os profissionais recém-formados a permanecer algum tempo no SNS ainda está "em maturação" sendo "um aspeto que nunca poderia ser anunciado a meio do jogo". "Teria de ser apenas para quem iniciar o jogo", em negociação.
Na entrevista em que garante que a dependência do ministro das Finanças "é um mito" e que Centeno até "costuma ajudar" a ministra a dormir melhor, Marta Temido refere que não quer alargar as parcerias público-privadas (PPP), mas rejeita uma lei de bases "proibitiva".